Por decisão do Google, Tradutor não vai funcionar mais na China
A Alphabet, que controla o Google, decidiu encerrar a operação do Google Tradutor na China nesta segunda-feira (3). Esse era um dos últimos serviços da companhia que ainda funcionavam no país asiático.
Agora, o aplicativo e site do Google Tradutor exibem uma barra de pesquisa e link que redireciona os usuários chineses para a página do serviço em Hong Kong, que está bloqueada no continente.
O recurso de tradução integrado ao navegador do Google Chrome também não funciona mais para usuários da China, relataram usuários do serviço nas mídias sociais chinesas.
Em comunicado , o Google afirmou que o serviço parou de funcionar na China por causa do “baixo uso”. A big tech não informou quantos usuários usavam a ferramenta.
Tensão com a China
Não é a primeira – e provavelmente nem a última – vez que o Google desliga dispositivos na China. Em 2010, a companhia norte-americana retirou seu mecanismo de busca do mercado chinês ao se recusar a cumprir as regras do país.
Em seguida, Pequim bloqueou serviços do Google, como o Gmail e Google Maps. O Google Tradutor começou a funcionar na China continental em 2017 através de um domínio chinês e competiu com outros tradutores de empresas populares, como Baidu e Sogou.
Em 2019, a Alphabet lançou um mecanismo de busca exclusivo para o país, seguindo as regras locais, mas encerrou o projeto pouco depois, após receber uma enxurrada de críticas.
Pequim determina tudo o que entra e sai do país, incluindo o conteúdo que circula na internet. O modelo é conhecido como Grande Firewall da China, em alusão à muralha milenar construída no país. Ele bloqueia a maioria das plataformas e serviços de redes sociais ocidentais, em especial dos EUA, como Google, Facebook e Twitter.
Do lado de lá, as plataformas chinesas cumprem uma série de limitações e barram palavras-chave e tópicos classificados pelas autoridades chinesas como “sensíveis”.