Com mais de 11 mil satélites em órbita e pelo menos uma dezena de missões espaciais indo aos céus todos os anos, a atmosfera da Terra pode estar sofrendo com uma contaminação causada pelo lixo espacial.
Um novo estudo, publicado na revista neste mês, sugere que os metais do lixo espacial podem estar envenenando a atmosfera superior do nosso planeta.
“Estamos encontrando este material produzido pelo homem numa área que consideramos intocada da atmosfera”, disse ao portal Daniel Czicz. Ele é professor e chefe do Departamento de Ciências da Terra, Atmosféricas e Planetárias da Universidade Purdue.
Os elementos metálicos como lítio e alumínio encontrados na atmosfera estavam em quantidades acima daquelas esperadas da queima de meteoros. Essa quantidade elevada pode afetar o congelamento da água na estratosfera e influenciar o tamanho das partículas aerossolizadas.
Ele explica que a equipe de pesquisadores voou em aeronaves sobre o Alasca e o continente dos EUA para coletar amostras da composição química do ar rarefeito na estratosfera.
Assim, os sensores nos narizes dos aviões analisaram os compostos químicos diluídos no ar. Como resultado, os pesquisadores encontraram vestígios de lítio, alumínio, cobre e chumbo no ar.
Primeira multa por lixo espacial da história
A temática do lixo espacial é tão séria que pela primeira vez na história. O governo dos EUA multou uma empresa por deixar lixo espacial orbitando em torno da Terra.
A comissão de comunicações do governo americano (FCC) multou neste mês a Dish Network em US$ 150 mil (ou R$ 750 mil). A multa foi por não deslocar um satélite antigo para longe de outros satélites em uso.