Planeta aquece 1,5°C em julho e atinge limite pré-colapso

Temperatura já beira um limite preocupante para todos os habitantes do planeta, alertam especialistas europeus
El Niño clima
Imagem: Freepik/Reprodução
O mês de julho deste ano terminou com 1,5°C mais quente do que a média histórica, e atingiu o limite considerado de pré-colapso. O alerta foi feito pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia na última terça-feira (8).

A temperatura está alcançando um limite preocupante para todos os habitantes do planeta, alertam especialistas.

A marca de 1,5 grau é considerada como pré-colapso porque os cientistas o consideram um ponto fundamental de risco para a saúde do planeta e dos seres humanos. Após o aumento de 1,5°C, aumentam as chances de calor extremo, inundações, secas, incêndios florestais e escassez de alimentos e água. “Vimos os impactos que esses tipos de eventos já estão causando nas pessoas e em nosso planeta. E, portanto, cada pequena parte de um grau de aquecimento é significativa”, disse Rebecca Emerton, cientista da Copernicus, à .

Todo o planeta está mais quente

Os impactos das temperaturas já são perceptíveis em várias partes do mundo. No hemisfério norte, onde é verão, ondas de calor com temperaturas acima dos 40ºC assolam a Europa e a América do Norte, provocando incêndios florestais e mortes na população mais idosa.

E não é só no norte global que a população sente os efeitos das mudanças climáticas. No Brasil, uma pesquisa do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) mostrou que o mês passado foi o julho mais quente registrado no Brasil desde 1961.

As regiões com as maiores altas foram o sul da Amazônia, o centro-oeste e o sul. Em Porto Alegre, onde o inverno costuma ser severo, a temperatura mínima esteve durante sete dias consecutivos, acima da temperatura média histórica do mês.

No Rio Grande do Sul, choveu também mais do que o normal em julho e houve a passagem de um ciclone extratropical que provocou 16 mortes.

No começo de agosto, os chilenos se assustaram ao olhar o termômetro: as temperaturas na Cordilheira dos Andes alcançaram incríveis 38,9ºC (em pleno inverno). Esta foi a maior temperatura registrada no Chile desde 1951.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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