Pisa brasileira: por que Santos tem mais de 300 prédios tortos?
Quem passa pela orla de Santos, no litoral de São Paulo, com certeza já viu algum dos prédios tortos da cidade. Assim como o “Bar do Torto”, que permaneceu aberto de 1984 a 2017 (e virou em agosto deste ano), os edifícios são uma espécie de ponto turístico na cidade.
Em dezembro passado, eles t, surpreendendo alguns internautas. E sim, apesar da inclinação, abrigam diversos moradores.Segundo a prefeitura de Santos, a cada dois anos os edifícios apresentam laudos sobre sua inclinação, a fim de detectar riscos à segurança dos moradores. As medições são acompanhadas pelo Programa dos Prédios Inclinados de Santos. Além disso, a prefeitura afirma que a responsabilidade pela execução das obras é dos condomínios, sob fiscalização do município.
Por que Santos tem prédios tortos?
Com o processo de urbanização de Santos entre as décadas de 1940 e 1950, grandes edifícios passaram a ser construídos, principalmente na orla da praia. Mas foi somente nos anos 1970 que eles começaram a afundar, resultando em inclinações de até 120 cm.
Prédio torto em Santos já foi consertado
Um dos prédios tortos da cidade, o edifício Nuncio Malzoni, de 17 andares, já chegou a ser corrigido, em 2000. Foi a primeira vez que a técnica de reaprumo foi utilizada no Brasil, aliás. O investimento foi de R$ 1,5 milhão, R$ 90 mil para cada apartamento, segundo a ( Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
“Fizemos uma fundação nova, colocamos o prédio em cima de 18 macacos hidráulicos tipo de carro, só que um pouquinho maiores, e colocamos o prédio de pé novamente, no prumo. Hoje os apartamentos valem o dobro do que valiam”, explicou o engenheiro Paulo de Mattos Pimenta, à , no ano passado.
Ele ainda acrescentou que donos de apartamentos nos edifícios tortos precisam juntar dinheiro para as reformas. “Alguns prédios estão bastante ativos nisso, fazendo poupança”, completou.