Encontrado fóssil de pinguim extinto que tinha o tamanho de uma pessoa

Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, anunciaram a descoberta do fóssil de um pinguim gigante que vivia na Nova Zelândia. Atualmente extinto, o animal podia chegar ao tamanho de uma pessoa. De uma pessoa grande, diga-se.

Acredita-se que a espécie – batizada Kumimanu fordycei – viveu entre 55 e 60 milhões de anos atrás. Segundo a análise dos seus ossos, ele podia alcançar cerca de 1,9 metro de altura e pesar 158 quilos.

• Existiam batata e café na era dos dinossauros, diz análise de fóssil vegetal
• Fóssil de 145 milhões de anos coloca Sergipe no mapa dos dinossauros
• Fósseis de dinossauro são encontrados em obra da BR-153 em São Paulo

Para comparação, a maior espécie da atualidade é o pinguim-imperador, que pode chegar a até 1,25 metro de altura. Os ossos foram encontrados em dois locais na Ilha Sul da Nova Zelândia. Diante da quantidade de fósseis encontrados pertencentes à espécie, os cientistas acreditam que o local era usado pelos animais para se reproduzir.

No estudo, publicado no , os pesquisadores afirmaram que Kumimanu fordycei deve ter sido uma das primeiras espécies de pinguim, sendo o maior já encontrado até então. Sua alimentação deve ter sido baseada em peixes grandes, lulas e outras formas de vida marinha.

A descoberta da espécie demonstra que os pinguins atingiram o seu limite de altura muito cedo em sua história evolutiva, antes de evoluir para os tamanhos atuais. Porém, as espécies modernas ainda preservam muitas das características fisiológicas do pinguim gigante.

Não é só o pinguim gigante

Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que cientistas encontram fósseis de aves gigantes. A Academia Russa de Ciências, por exemplo, em 2019 a descoberta de uma ave ainda maior — que vagava pela Europa e tinha cerca de 450 kg e chegava a até 3 metros de altura. Provavelmente, a ave europeia não voava e deveria se parecer com um avestruz moderno, porém, com tamanho três vezes maior. Apesar do peso, ele provavelmente era capaz de correr muito rápido.

Ela viveu há quase 2 milhões de anos. Porém, acredita-se que a espécie pode ter sido extinta pelos humanos, uma vez que o animal era potencialmente uma grande fonte de carne, ossos e penas.