Ciência
Pesquisadores brasileiros recriam perfume característico de Cleópatra
Cleópatra governou o Egito de 51 a.C a 30 a.C e seu perfume era um dos mais famosos e exclusivos do antigo Egito
Imagem: Crizan Izauro/UFSC/Reprodução
Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) resolveram recriar o perfume usado por Cleópatra, a icônica rainha do Egito. O projeto foi conduzido pela equipe do , grupo de extensão e pesquisa vinculado ao Departamento de Química da universidade brasileira.
Cientistas alemães foram os primeiros a recuperar a receita do perfume. Eles publicaram a fórmula em um em 2021, sob o nome de “Eau de Cleopatra”. O perfume usava canela, óleo de balanos, resinas e mirra na sua composição.
A rainha que governou o Egito de 51 a.C a 30 a.C é considerada uma das mulheres mais importantes da antiguidade. Assim, o perfume dela era um dos mais famosos e exclusivos do antigo Egito.
Agora recriada, a fragrância está em exposição no campus universitário, localizado na capital Florianópolis. Na visita interativa, integrantes do laboratório explicam, por exemplo, desde a história das fragrâncias até processos químicos que levaram à extração de óleos essenciais.
De Cleópatra à inteligência artificial
Com origem no latim, a palavra “perfume’ significa fumaça e está associada à descoberta do fogo. Na época, os povos antigos queimavam vegetais perfumados para fazer homenagens aos deuses.No entanto, os aromas não ficaram restritos aos rituais religiosos. No Egito, há cerca de 3 mil anos antes de Cristo, fragrâncias se popularizaram para uso pessoal na forma de águas perfumadas, óleos essenciais e incensos.
Além disso, os gregos aperfeiçoaram a arte da perfumaria com novas técnicas de extração. Hoje em dia, marcas estão usando, até mesmo, a inteligência artificial para criar novas fragâncias.
“Empresas têm usado essa ferramenta para encontrar tendências e novas combinações de notas que perfumistas às vezes não pensam”, explica Anelise Regiani, professora do curso de Química da UFSC e uma das coordenadoras do Quimidex.
Mas, embora seja de uso constante nas casas de perfumaria, a inteligência artificial não substitui o trabalho humano. “No final, tudo passa pelo nariz do perfumista”, diz Regiani.