Pesquisa mostra que os brasileiros se preocupam (um pouco) com privacidade no WhatsApp
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Ao mesmo tempo, 81% dos usuários disseram concordar com o compartilhamento de informações entre o app de mensagens e o Facebook para aumentar a segurança, 79% para melhorar as sugestões de produtos à disposição e 69% para fins de combater spam. Em agosto do ano passado, o aplicativo alterou suas políticas de privacidade e passou a coletar dados das mensagens para oferecer publicidade contextualizada no Facebook. Os usuários que quisessem ficar fora dessa nova coleta de dados tiveram apenas 30 dias para ajustar as configurações.
Embora todos os usuários tenham recebido a notificação sobre a alteração na política, cá para nós: podemos todos confessar que pouquíssimos de nós lemos os termos detalhadamente antes de clicar em “aceitar”. Então surge um questionamento: sabemos quais informações estão sendo divididas entre o WhatsApp e o Facebook?O compartilhamento de dados entre o aplicativo de mensagem instantânea e a rede social não inclui as mensagens na íntegra. Segundo a empresa, “nada do que você compartilhe no WhatsApp, incluindo suas mensagens, imagens e dados de conta é compartilhado no Facebook ou em qualquer outro app da família do Facebook para que outros vejam”. Apesar disso, entre os itens compartilhados estão contatos e números de celular – que poderão ser enviados para a rede social e outras empresas do grupo, como o Instagram – “para fazer sugestões (por exemplo, de amigos, de contatos ou de conteúdo interessante) e mostrar ofertas e anúncios relevantes”.
Antes mesmo da atualização dos termos de uso, o aplicativo passou a criptografar as mensagens. A alteração aconteceu em abril do ano passado e garante que ligações, mensagens, fotos e vídeos sejam protegidos e somente quem possui as chaves consiga visualizar o conteúdo. Esse é um dos motivos pelos quais o WhatsApp não libera informações para a Justiça e acaba sendo bloqueado de vez em quando no país: eles não possuem acesso. Por falar nisso, 74% dos entrevistados disseram ser contra bloqueios judiciais.
O Datafolha entrevistou 2.363 pessoas de 130 cidades em todas as regiões do Brasil, entre 24 e 28 de novembro de 2016. A pesquisa completa está disponível .Foto por AP Photo/Patrick Sison