Em 325 d.C., o Concílio de Nicéia, primeira grande reunião da Igreja, determinou que a Páscoa deveria cair no domingo seguinte à primeira lua cheia depois do início da primavera no hemisfério norte. Mas esse cálculo causa variações da data entre os cristãos devido a diferenças entre os calendários gregoriano e juliano, e agora, as Igrejas Católica e Ortodoxa pretendem fixar a data, unificando o evento para todos.
Em 2022, Papa Francisco já havia se pronunciado sobre o assunto em uma reunião sobre o tema, dizendo: “Tenhamos a coragem de acabar com esta divisão, que às vezes nos faz rir… ‘O seu Cristo ressuscita quando? E o seu Cristo, quando ressuscita?’ Não. O sinal é um só Cristo para todos nós”.
De acordo com o , Jerusalém e Niceia são possíveis sedes de um novo encontro que pode definir a data fixa da Páscoa. Apesar de a Igreja Anglicana e a Luterana apoiarem a ação, o Patriarcado de Moscou pode ser o único a se opor à mudança.
O que muda com a data fixa da Páscoa?
Segundo canais católicos, a Páscoa poderia ser no segundo ou terceiro dia de abril. Na prática, isso alteraria outras datas, que variam de acordo com essa, como o Carnaval e Corpus Christi, por exemplo. O primeiro é festejado 47 dias antes da Páscoa, enquanto o segundo acontece 60 dias depois.
A data fixa, aliás, pode começar a valer já a partir de 2025, ano em que coincidentemente acontecerá na mesma data para a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Ortodoxa Bizantina após 1.700 anos, em 20 de abril. Entretanto, vale lembrar que a Páscoa não é um feriado nacional, e que estes são definidos pelas autoridades civis.
Confira 5 curiosidades da Páscoa nesta matéria do Giz Brasil.