Pesquisadores da Universidade da Austrália Meridional estão estudando uma forma alternativa de promover o emagrecimento e evitar a obesidade. As pesquisas envolvem a ingestão de partículas porosas de sílica feitas de areia purificada – uma dieta bastante alternativa.
Os benefícios da sílica foram observados pela primeira vez em camundongos no ano de 2014. Na época, cientistas notaram que os animais que ingeriam dietas ricas em gordura ganhavam menos peso quando alimentados com as nanopartículas.
Em 2020, foram conduzidos ensaios clínicos com 10 pessoas com obesidade. Os testes mostraram que a sílica é capaz de reduzir os níveis de glicose e colesterol no sangue, que são fatores de risco conhecidos para complicações metabólicas e cardiovasculares.
Agora, a equipe australiana resolveu investigar como o tamanho e o formato das partículas pode influenciar em seu potencial de emagrecimento. Os cientistas compararam 13 amostras de sílica, que foram colocadas em um modelo gastrointestinal humano para simular a digestão após uma refeição rica em carboidratos e gordura.
Segundo o estudo, as micropartículas com poros de 6 a 10 nanômetros de largura inibiam melhor as enzimas responsáveis por digerir gordura. Poros que eram grandes demais para capturar as enzimas ligadas à gordura, por sua vez, saíram-se melhor impedindo a digestão de carboidratos.
As partículas também pareciam absorver nutrientes digeridos e não digeridos do trato gastrointestinal antes que pudessem passar para a corrente sanguínea, o que pode ser um mecanismo que auxilia a barrar a entrada das calorias. O estudo completo foi publicado na revista .