Normalmente somos acostumados a apenas ver imagens do espaço. Quando o registro é em vídeo, boa parte das vezes, o registro é sem som. Pensando em mostrar a complexidade do espaço, a NASA traduziu os dados coletados com os telescópios em som de galáxias.
Esse processo, chamado de sonificação, usou dados científicos coleados do Observatório de Raios-X Chandra, da NASA, e de outros telescópios para mostrar como seria ouvir o universo.
A primeira sonificação é de MSH 11-52. Este é um remanescente de supernova que está liberando uma grande nuvem de partículas energizadas que se parece com uma mão humana.
Estima-se que a luz desta supernova atingiu a Terra há cerca de 1.700 anos. A supernova é vista e ouvida aqui usando dados do Chandra, do Imaging X-ray Polarimetry Explorer (IXPE) da NASA e dados ópticos baseados em Terra.
Som da galáxia M74
Já a segunda sonificação divulgada pela agência espacial é da galáxia M74. Esta galáxia possui dois braços espirais bem definidos e está a cerca de 3,2 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Peixes.
Esta sonificação combina dados obtidos com os telescópios espaciais James Webb e Hubble da NASA e raios-X do Chandra.
IC 443
A terceira e última sonificação publicada pela NASA é da IC 443, conhecida como Nebulosa da Água-viva. Ela é um remanescente de supernova localizado na constelação de Gêmeos, próximo à estrela Eta Geminorum, com aproximadamente 70 anos-luz de diâmetro.
A luz desta supernova atingiu o planeta Terra há mais de 30.000 anos. Os dados nesta sonificação incluem raios X do Chandra e da agora aposentada missão alemã ROSAT. Ele também usa dados de rádio do Very Large Array da NSF e dados ópticos do Digitized Sky Survey.
“Desde então, tem demonstrado ser significativo para essa comunidade, mas também tem impacto em públicos muito mais vastos, encontrando ouvintes através dos meios de comunicação tradicionais e sociais em todo o mundo”, diz a NASA em um .
“As sonificações acrescentam uma nova dimensão às impressionantes imagens espaciais e tornam essas imagens acessíveis pela primeira vez à comunidade cega e com baixa visão”, disse Liz Landau, que lidera os esforços de multimídia da Divisão de Astrofísica da NASA.