O MIT Media Lab tem um projeto bem curioso: o reúne, de forma visual, as principais celebridades da história em vários países – incluindo o Brasil. E está claro que exportamos esportistas: dos 136 brasileiros na lista, 77 são jogadores de futebol.
O Pantheon reúne celebridades brasileiras que nasceram desde o início do século XIX; por enquanto, não há ninguém antes de 1800. Cada pessoa recebe um “índice de popularidade histórica”, calculado com base na Wikipédia: há artigos sobre a pessoa em quantos idiomas? Quantas visualizações a versão em inglês recebeu? E quantas tivemos em outras línguas?
Com isso, pesa bastante para o lado dos esportes, especialmente o futebol – Pelé, Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho lideram a lista. Também temos pilotos de corrida (como Ayrton Senna), além de Gustavo Kuerten e César Cielo. Entre os políticos mais importantes, a maioria é das antigas, incluindo aí Getúlio Vargas e Dom Pedro II.
As celebridades brasileiras com maior “índice de popularidade” são Pelé, Paulo Coelho, Garrincha, Lula e Oscar Niemeyer. Mas César Hidalgo, criador do Pantheon, que o ranking não é tão importante, e sim a visão geral das celebridades de um país ou época:
“A ciência surge após a imprensa. Jogadores de futebol famosos vêm depois da TV. E certos músicos vieram após o desenvolvimento do rádio”, diz Hidalgo, explicando por que Bob Marley é classificado como o músico mais famoso, quando a pessoa mais famosa em outras categorias vem de uma época muito mais antiga.
De fato, se você restringe as celebridades brasileiras – ano em que foi inaugurado o primeiro canal de TV no país – a maioria passa a ser de políticos.
E você pode dar uma olhada também em outros países. Por exemplo, , mais da metade das celebridades são jogadores de futebol; enquanto dos EUA .
Também é possível analisar profissões. Por exemplo, a maioria dos na história vieram da França e Alemanha; vêm em peso do Reino Unido; e (!) vêm, na maior parte, dos EUA.
Você pode visualizar os dados em gráficos, matrizes, treemaps (como nas imagens acima) e mapas:
Se você está pensando nas limitações desses dados, saiba que o criador do Pantheon . Primeiro, ele sabe que a base de dados estará sempre incompleta, dado o escopo histórico tão amplo. E usar a Wikipédia também tem seus problemas, já que ela é enviesada de algumas formas – por exemplo, pessoas de períodos mais recentes têm mais destaque. Hidalgo já usa uma base de dados complementar no Pantheon, e planeja adicionar mais.
No geral, este é um projeto fascinante, e que só vai melhorar à medida que receber mais dados. Você pode conferi-lo aqui: [ via via PSFK]