Países apoiam Brasil em fazer bilionários pagarem para salvar o clima
Na semana passada, em reunião no Rio de Janeiro/RJ, o G20 — grupo dos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das maiores economias do mundo, incluindo União Africana e a União Europeia –, discutiram o projeto do Brasil de taxar as fortunas de bilionários.
Ana Toni, a secretária nacional de mudança do clima, apresentou a proposta brasileira de um imposto global de 2% sobre a riqueza dos super-ricos. A ideia é que o valor seja usado para combater as mudanças climáticas ou a pobreza.
Países contra e a favor de taxar bilionários
Diversos países da Europa, América Latina e África apoiaram a posição do Brasil, de acordo com o ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos). Isso inclui França, Espanha, África do Sul, Colômbia, bem como os países da União Africana. Embora os líderes financeiros do G20 não tenham fechado um acordo, uma declaração conjunta disse que os com “patrimônio líquido ultra-alto” deveriam “contribuir com sua parcela justa em impostos”. O texto ainda defendeu o “incentivo a debates sobre princípios tributários e a criação de mecanismos antievasão fiscal”.Patrimônio dos super-ricos cresce de forma acelerada
Apesar da posição da representante dos EUA, a população de seu país apoia o aumento de impostos sobre os super-ricos. Isso, segundo uma pesquisa da Americans for Tax Fairness, em 2021.
Nos dois anos seguintes ao início da pandemia, o 1% mais rico do mundo capturou 63% do crescimento econômico, segundo o The Guardian.
Por fim, em meio à luta contra as mudanças climáticas, vale lembrar que cada bilionário produz, em média, um .Mesmo assim, registros da ProPublica em 2021 revelaram o bilionário Elon Musk pagava uma taxa de imposto de 3,27%, enquanto Jeff Bezos, menos de 1%.