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Se você quiser ter filhos saudáveis, é melhor dar uma segurada na bebida

Novo estudo conclui que o consumo alcoólico dos pais pré-concepção, sobretudo no homem, pode aumentar chance de criança nascer com doença congênita.

Casal bebendo cerveja

Unsplash

Se você tem planos de ter filho, é melhor evitar ingerir muito álcool. É o que recomenda um novo estudo que saiu nesta semana. Ele sugere que mulheres e homens que bebem muito meses antes da concepção têm maior probabilidade de ter filhos com problemas cardíacos congênitos, com o consumo de álcool do pai tendo um impacto maior na saúde cardíaca do futuro filho.

O , publicado no European Journal of Preventive Cardiology, é uma revisão de pesquisas existentes que analisam a ligação entre o consumo dos pais e a doenças cardíacas congênitas em recém-nascidos, o . Embora se fale que mulheres grávidas devem evitar beber, há consideravelmente menos atenção se o consumo de um pai pode afetar a qualidade de seu esperma e, posteriormente, a saúde de seu filho.

Como esperado, os pesquisadores descobriram uma conexão entre o consumo relatado na pré-concepção das mães, bem como durante a gravidez, e a probabilidade de seus filhos nascerem com doenças cardíacas. Mas os maiores riscos associados foram notados nos pais. O risco de qualquer defeito cardíaco era 55% maior para uma criança se o pai bebia regularmente nos três meses anteriores à concepção (em comparação com a abstinência), por exemplo, enquanto ter uma que mãe bebia muito durante o mesmo período de tempo estava associado a um risco 16% maior de a criança ter a condição.

Houve controvérsia sobre o quão significativos são os riscos à saúde de beber para mulheres grávidas. Não está claro, por exemplo, se o consumo leve a moderado de uma mãe realmente aumenta o risco de defeitos congênitos. Nesta revisão, os autores não encontraram uma conexão perceptível entre beber e doenças cardíacas congênitas entre mulheres que relataram “exposições em baixas doses” de álcool por dia. Mas eles acrescentaram que este estudo não seria capaz de estabelecer um ponto de corte para o consumo “seguro” de álcool.

Ao mesmo tempo, já sabemos que o consumo excessivo de álcool durante a gravidez (definido como tomar cinco doses em uma sessão) é definitivamente ruim para o feto. E também não é um risco abstrato, uma vez que cerca de 8% de todos os nascidos vivos acabam tendo um defeito cardíaco congênito. Também houve sugerindo que mesmo o consumo moderado de álcool pode afetar a qualidade do esperma de homens saudáveis. Dadas as novas descobertas, os autores sugerem que homens e mulheres se abstenham de beber compulsivamente por até seis meses antes de decidirem engravidar.

“Beber demais [para quem quer ser pai] é um risco alto e um comportamento perigoso que não apenas aumenta a chance de o bebê nascer com um defeito no coração, mas também prejudica bastante a própria saúde”, disse o autor do estudo Jiabi Qin, pesquisador da Escola de Saúde Pública Xiangya da Central South University, da China, em um sobre o estudo.

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