Os próximos passos do James Webb: veja como será sua fase científica
O telescópio espacial James Webb finalmente deu início a suas investigações científicas. Nesta semana, foram divulgadas as primeiras imagens coloridas do telescópio, que mostram todo o potencial de seus instrumentos e sua capacidade de enxergar os primórdios do Universo.
O está agora em seu “Ciclo 0”. Nessa fase, o equipamento é utilizado apenas pelos times que desenvolveram seus instrumentos. O James Webb é resultado de um trabalho conjunto da NASA, ESA (Agência Espacial Europeia) e CSA (Agência Espacial Canadense).
Ele é, atualmente, o principal observatório de ciência espacial do mundo. Sua capacidade de enxergar ondas no espectro infravermelho permite que os cientistas tenham acesso ao nascimento de galáxias e estrelas 13,5 bilhões de anos atrás, pouco após o Big Bang.
O espelho de Webb tem 6,5 metros de diâmetro, sendo o maior já lançado para o espaço, o que possibilita a maior coleta de luz. Para comparar, o espelho primário do Telescópio Espacial Hubble tem apenas 2,4 metros de diâmetro.
A NASA já selecionou as equipes que terão a chance de utilizar o telescópio durante o chamado Ciclo 1. Foram disponibilizadas, no total, 6 mil horas de observação para a comunidade, com os projetos sendo escolhidos a dedo com base em critérios rigorosos.
O e conseguirá usar o James Webb durante esta fase. Pesquisadores do Grupo de Astrofísica da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, devem observar três galáxias ativas, com buraco negro supermassivo no centro, e que estão capturando matéria.
Os cientistas pretendem descobrir o que leva essas galáxias a terem hidrogênio em abundância, investigando o comportamento das moléculas. As observações para o grupo devem ser liberadas entre abril e julho de 2023.