Ciência
Moby Dick, é você? Orcas voltam a atacar e afundam iate próximo à Espanha
Pesquisa revela 700 ataques de orcas em navios perto do estreito de Gibraltar desde maio de 2020; veja motivos
No último domingo (12), um grupo de orcas atacou e afundou – mais uma vez – um iate, no Estreito de Gibraltar, entre a Espanha e o Marrocos. De acordo com o site de ciência Phys.org, o ocorrido é mais um de uma série de ataques de orcas e baleias a barcos nos últimos anos.
Orcas atacam iates
Até o momento, não há explicação dos especialistas para a ação dos animais. No entanto, alguns cientistas acreditam que os ataques podem estar relacionados a um sentimento de ameaça por parte das orcas, que podem estar reagindo para proteger seus alimentos. Ou, pode não passar de uma brincadeira.Segundo relatos de um casal que estava no iate, os passageiros sentiram golpes repentinos no casco e no leme antes de o barco começar a afundar na água. Então, o grupo alertou as autoridades. Foi um petroleiro próximo quem os resgatou e os levou a bordo.
Ataques de orcas e baleias são frequentes desde 2020
Os registros de baleias atacando barcos não são novos. Vale lembrar do livro estadunidense “Moby Dick” (1851), de Herman Melville. Inspirado em uma história real, o enredo narra a busca de Ahab, capitão do navio baleeiro Pequod, por Moby Dick, uma gigante cachalote branca.
Mas, nos últimos anos, os ataques de animais marinhos, como as orcas, tem sido comuns. Uma pesquisa do GT Atlantic Orca, que rastreia as populações de baleias, revelou que houve quase 700 ataques de orcas em navios perto do estreito de Gibraltar desde maio de 2020.Por essa razão, um comunicado do Ministério dos Transportes da Espanha aconselhou que os navegantes do Golfo de Cádiz, no Oceano Atlântico, e no Estreito de Gibraltar passassem a evitar as áreas marcadas como zonas de perigo de interações de orcas.
O período de maior risco é entre os meses de maio e agosto, quando ocorrem mais avistamentos de grupos de baleias nesses locais, de acordo com as autoridades.
Também em 2020, uma pesquisa sugeriu que os animais poderiam estar agindo como vingança de ferimentos causados por barcos anteriormente. Leia mais no Giz Brasil.