“Oppenheimer” é longo, mas traz uma experiência cinematográfica única
“Oppenheimer” chega aos cinemas nesta quinta-feira (20), junto com o aguardado “Barbie” de Greta Gerwig. A produção, estrelada por Cillian Murphy (“Peaky Blinders”), tem como foco a história do “pai da bomba atômica”. E marca o retorno do diretor Christopher Nolan (de “Batman: Cavaleiro das Trevas”) às telonas. As primeiras reações divulgadas não poupam elogios à trama.
O Giz Brasil também assistiu “Oppenheimer” antes da estreia e damos a seguir o nosso resumão!
Primeiro se prepare, pois a obra de Nolan tem TRÊS HORAS de duração. Antes de entrar nas salas de cinema, dá uma passada no banheiro e não exagere no refrigerante. Feito isso, é importante ter em mente que se trata de um filme histórico, com foco em um público mais adulto.
Ou seja: “Oppenheimer” não tem aquela comédia que estamos acostumados em filmes de super-herói, por exemplo. A trama é um pouco mais séria e densa. Mostra a história de J. Robert Oppenheimer na criação da bomba atômica e quem já conhece os trabalhos de Christopher Nolan sabe que ele é bem detalhista. Faz de tudo para trazer realidade aos seus longa-metragens.
Insano, mais muito longo
Com “Oppenheimer” não é diferente. Sem usar o famoso CGI, – as imagens geradas por computador — Nolan conseguiu fazer explosões das quais você se sente dentro do filme. A trilha e o som são insanos. As imagens intercaladas em preto e branco nos leva ainda mais para o passado. O filme é uma grande experiência sensorial, visual e, principalmente, sonora.
A trama é cercada de muita tensão, com o público envolvido no desenvolvimento da bomba atômica até chegar em um clímax impactante.
Spoiler: o final vai te surpreender. Por outro lado, três horas de duração é bem cansativo. Por ser longo, em certos momentos, o roteiro de “Oppenheimer” fica confuso, com diálogos dispersos.
Até chegar ao fim, “Oppenheimer” passa por diversos momentos da história sem ao menos enumerar em que ano está. Além disso, a trama intercala passado e presente, causando confusão. A história é excelente, mas o caminho até a conclusão é longo.
Por isso, uma dica: fique atento a todos os detalhes. Caso contrário, vai ficar perdido na metade do filme.
Show de atuação
O elenco dispensa apresentações. Cillian Murphy dá um show como J. Robert Oppenheimer, interpretando o personagem em diferentes fases da vida.Tem um jeito bem frio e calculista como já vimos em “Peaky Blinders”, só que ainda melhor.
Em alguns momentos, Murphy nem precisa falar, apenas com seu olhar já sabemos o que está sentindo ou acontecendo. Sem dúvidas, merece uma indicação ao Oscar.
Outros destaques: Emily Blunt como sua esposa, a bióloga e botânica Katherine “Kitty” Oppenheimer; Robert Downey Jr. como Lewis Strauss, um dos comissários fundadores da Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos; e Florence Pugh no papel da amante do protagonista, Jean Tatlock.
“Oppenheimer” é de tirar o fôlego
No geral, “Oppenheimer” é excelente, com uma história de tirar o fôlego. Baseado no livro vencedor do Prêmio Pulitzer ”Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer”, de Kai Bird e Martin J. Sherwin, a trama entrega aquilo que promete e um pouco mais. Por outro lado, Nolan exagera quando se trata de perfeccionismo, e extrapola em um longa-metragem [literalmente] de três horas.
“Oppenheimer” é o filme perfeito para quem curte histórias da Segunda Guerra Mundial, mas dessa vez focado em um físico que teve seu triunfo ao construir a bomba atômica, mas reflete na tragédia que causou tarde demais. Como a Universal descreve, a trama “leva o público ao cerne do pulsante paradoxo vivido pelo enigmático homem que deve arriscar destruir o mundo para tentar salvá-lo”.
Vale lembrar que “Oppenheimer” foi filmado em IMAX 65mm e 65mm em grande formato combinados, incluindo, pela primeira vez, seções de cinematografia analógica em preto e branco em IMAX. Ou seja: é uma experiência única para assistir em tela grande.
Veja o da produção: