Rival da SpaceX, OneWeb lança 34 satélites na órbita da Terra para fornecer internet
Engenheiros da OneWeb preparando os satélites. Crédito: OneWeb
As constelações OneWeb e Starlink são semelhantes, pois pretendem fornecer internet de banda larga a clientes pagantes de todo o mundo. Mas enquanto a constelação da OneWeb consistirá em 648 unidades individuais, o plano da SpaceX sofrerá uma megaconstelação de até 42 mil unidades. Dito isto, esta é a primeira fase da constelação OneWeb, para que possa aumentar substancialmente de tamanho no futuro.Para pagar tudo isso, a , a maior parte do Softbank, reporta o TechCrunch, totalizando um aporte de US$ 3,4 bilhões. Em comparação, a SpaceX pode lançar seus satélites a preço de custo, uma vez que é uma companhia que produz foguetes. Enquanto isso, rivais em potencial como Amazon, Telesat e Facebook — que expressaram intenções semelhantes de construir constelações de satélites que transmitem a internet — ainda não colocaram um único satélite na órbita da Terra.
Outra diferença entre OneWeb e SpaceX — pelo menos na cabeça do Wyler — tem relação com a abordagem da OneWeb de construir sua constelação. A que “os atuais regulamentos de mitigação podem ser insuficientes quanto às salvaguardas ambientais”. Para garantir a segurança e o controle de sua constelação, os satélites devem ser capazes de evitar colisões e autodestruição, entre outras coisas. Sobre este último ponto, os satélites são projetados para saírem da órbita e queimarem na atmosfera pelo menos cinco anos após serem desativados (os satélites Starlink tem previsões similares).Satélites ameaçam observações astronômicas
Tudo isso parece muito legal, mas estes planos não detalham a forma como a constelação OneWeb e outras devem interferir as observações astronômicas. No recente 235º Encontro da Sociedade Astronômica Americana (AAS), em Honolulu, no Havaí (EUA), astrônomos citaram ameaças potenciais em imagens astronômicas, artefatos estranhos causado pela saturação da luz e interferência de rádio. Isto não é uma preocupação sem sentido, dado que a constelação Starlink já causou problemas para alguns astrônomos.
O outro risco dessas grandes constelações de satélites de internet tem a ver com o número de objetos no espaço. Como o , quando dois satélites defuntos evitaram por pouco uma colisão, cada satélite adicionado à órbita aumenta as probabilidades de acidentes. Ao manobrar os satélites para evitar colisões, os operadores correm o risco de deslocar os satélites para os caminhos orbitais de outros objetos — um problema que exigirá vigilância constante e tecnologias poderosas de vigilância e ação rápida. Para as empresas dos EUA, é a FCC (Comissão Federal de Comunicação) que aprova estes programas espaciais. Até agora, no entanto, a FCC tem demonstrado uma atitude de livre mercado em relação a estas constelações. É um caso clássico de inovações tecnológicas e forças do mercado agressivas, mantendo-se à frente de regulamentações. A FCC e outros reguladores precisam ficarem espertas sobre a situação desses satélites. Estamos agora em um cenário de faroeste selvagem no espaço, cujas consequências estão cada vez mais em foco.