Ciência

Onça que queimou as patas no Pantanal em 2020 é reencontrada

Equipe do ICMBio encontrou mais uma vez Ousado após alertas de que a onça-pintada poderia estar novamente ferida pelos incêndios no bioma
Imagem: ICMBio/ Reprodução

A equipe do ICMBio () teve um encontro feliz no último domingo (19). Em uma das praias que margeiam um rio, eles encontraram , a onça-pintada que se tornou símbolo dos incêndios no Pantanal em 2020. Estavam junto também pesquisadores do Ampara Silvestre e Panthera Brasil.

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O encontro não aconteceu por acaso. O Pantanal sofre mais uma vez com a seca e o alastramento de incêndios — que já consumiu mais de do bioma apenas neste ano, segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa/UFRJ).

Frente a nova onda de incêndios, o ICMBio recebeu um alerta de que a onça poderia estar com as patas queimadas. Então, pesquisadores partiram em busca de Ousado, utilizando informações dos guias que o avistaram e de sua coleira de monitoramento.

Quando encontraram o felino, perceberam que ele realmente estava ferido – mas não era grave. De acordo com a equipe do ICMBio, uma das patas da frente estava inchada e com um leve machucado.

“Não tem nenhuma ferida grave, nada que comprometa a sobrevivência dele. Este ferimento pode ser de caça, de briga ou de uma queimadura”, relatou Rogério Cunha, coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do ICMBio.

Relembre a história da onça

Em 2020, os incêndios no Pantanal queimaram 30% da porção brasileira do bioma, o que equivale a uma área de aproximadamente 45 mil quilômetros quadrados. Em meio à catástrofe, cerca de morreram.

Além disso, houve diversas ocorrências de onças com as patas queimadas. Esse foi o caso de Ousado, a onça-pintada que teve queimaduras de terceiro grau. 

De acordo com o ICMBio, o felino foi resgatado em 11 de setembro de 2020 e recebeu um tratamento inovador, feito à base de células-tronco. Assim, Ousado se recuperou e, pouco depois de um mês de seu resgate, voltou à natureza. Sua história — e as imagens — ficaram marcadas como símbolo dos incêndios no Pantanal naquele ano. Felizmente, o animal segue vivo e bem, em seu habitat.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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