Desde que Elon Musk assumiu o comando do Twitter, em outubro de 2022 — implementando medidas controversas –, de tempos em tempos, uma nova rede social surge para “substituir” o microblog mais popular da internet. Agora, é a vez do Threads, do Instagram, lançado na quarta-feira (5), tentar conquistar usuários da rede do passarinho azul.
Em novembro passado, instabilidades causadas pela gestão de Musk levaram usuários brasileiros do Twitter a migrarem para o Koo, uma rede social indiana com proposta semelhante — motivado, principalmente, pelo trocadilho do nome. Mas, mesmo com a adesão de famosos brasileiros, a moda não pegou.
Portanto, se você ainda não testou (ou já está testando) o Threads, o Giz Brasil te conta se o app tem potencial.
O Threads vai fazer mais sucesso que o Koo?
Em sete horas, o aplicativo Threads conseguiu atingir , de acordo Mark Zuckerberg, CEO da Meta, empresa-mãe do Facebook.
Diferentemente do Koo, o novo app conquistou diversos famosos em nível internacional, como Kim Kardashian, Oprah Winfrey, Gordon Ramsay, e Zayn Malik, por exemplo.
Além disso, marcas como a Netflix e a Amazon já aderiram ao Threads. No Brasil, a plataforma ganhou até publi da Unilever, com os influenciadores Thelminha, Babu Santana, Nah Cardoso e Ivan Baron divulgando produtos para “limpar a casa nova” para a chegada dos usuários, como apontou a .
Pode-se considerar um dos atrativos do Threads a facilidade para entrar na plataforma – e já com seguidores. Isso porque, basta baixar o aplicativo e “importar” sua conta do Instagram para se tornar membro. Entretanto, uma vez por lá, você não pode sair. Para excluir seu perfil, é necessário excluir também o seu Instagram, segundo a .
Futuramente, o app ainda pretende se integrar ao protocolo de mídia social descentralizado ActivityPub. Ou seja, ele será compatível com redes sociais como o Mastodon, permitindo que usuários levem seus perfis e seguidores para outros aplicativos.
Sendo assim, a alta adesão de grandes nomes, associada à facilidade de acesso, pode indicar uma possibilidade de sucesso para o Threads, que pode alcançar o que o Koo, o Mastodon e o exclusivo Bluesky, do fundador do Twitter, Jack Dorsey, não conseguiram.
O Twitter vai acabar?
Como “nada se cria, tudo se copia”, resta a dúvida se Zuckerberg vai conseguir desbancar o Twitter, assim como fez com o Snapchat quando lançou os Stories em 2016. O CEO do Instagram, Adam Mosseri, não tem certeza. “O Twitter tem muita história; tem uma comunidade incrivelmente forte e vibrante. Os efeitos de rede são incrivelmente fortes”, disse em entrevista ao .
Com uma pequena comunidade de cerca de 556 milhões de usuários ativos mensais, segundo dados do , de janeiro deste ano (o Facebook tem mais de 2 bilhões por dia), o Twitter mantém alguns seguidores fiéis mesmo em meio às turbulências.
Uma das razões seria devido à sensação de “privacidade”, da rede social onde, ao invés de se conectarem com pessoas conhecidas, os usuários tendem a evitá-las. Foi essa característica peculiar que Elon Musk ressaltou em resposta a um tweet nesta quarta-feira (5).
“Meu gráfico social do Facebook/Instagram é basicamente todas as pessoas que conheci no ensino médio. ‘Um lugar onde você pode ler todos os pensamentos semelhantes ao Twitter das pessoas que você segue no Instagram’ parece um inferno especial”, escreveu o usuário, que recebeu em resposta um emoji de risos de Musk.
🤣💯
— Elon Musk (@elonmusk)
Apesar das semelhanças entre o Threads e o Twitter, o aplicativo da Meta tem seus benefícios, como um limite de contagem de 500 caracteres. Os usuários não-assinantes do Twitter têm direito a 280 caracteres, enquanto os membros do Twitter Blue podem chegar a 25 mil.
Além disso, o Threads também permite a publicação de links, fotos e vídeos de até cinco minutos, de acordo com a empresa. E você, já criou seu perfil?