Diversas fabricantes aproveitaram a estreia do Snapdragon 8 Gen 3 para apresentar suas novidades. É o caso da chinesa Honor, que antecipou uma tecnologia de acessibilidade para celulares usando somente os olhos. A empresa quer levar o recurso ao futuro Honor Magic 6.
A apresentação aconteceu no Snapdragon Summit, nesta semana. No palco, o CEO da Honor, George Zhao, demonstrou uma solução chamada “Magic Capsule”. Com ela, o usuário terá a capacidade de usar os olhos para controlar o smartphone.
Contudo, a Honor revelou poucos detalhes. Ao que tudo indica, o celular terá um sensor ou utilizará a câmera para ler os olhos do usuário. Esse recurso poderá ser usado para abrir apps que emitiram uma nova notificação, como mostra o exemplo da empresa.
O The Verge, no entanto, observa que o vídeo da apresentação é dificilmente uma “representação da vida real”. Por isso, teríamos que esperar a estreia do celular para saber se a tecnologia é, de fato, funcional ou não.
O anúncio, no entanto, demonstra que ainda há caminho para inovar no mercado de celulares. Porém, neste caso, devemos nos perguntar: trata-se de uma novidade realmente necessária? Ou ela vai apenas causar barulho e ser esquecida depois?
A tecnologia também gera dúvidas em relação à privacidade, pois tem acesso direto à íris, que pode ser utilizada para autenticação biométrica.
Apesar da antecipação, o Honor Magic 6 não tem data de lançamento prevista.
LG já apostou em gestos com a mão no ar
Esta não é a primeira tentativa da indústria mobile de ir além do toque na tela. Em 2019, o LG G8 ThinQ chamou a atenção pelo controle por gestos no ar, o Air Motion. Assim, os usuários conseguiam controlar os recursos do telefone sem encostá-lo.
O deu mais detalhes sobre a função, que funcionava assim: ao posicionar a mão sobre o sensor, o celular oferecia opções de controle. Depois era só fazer um gesto para trocar de app ou aumentar o volume da música, por exemplo.
Além do controle, a LG implementou outro mecanismo de autenticação: a palma da mão, similar ao caixa eletrônico de alguns bancos. De novo, ao colocar a mão sobre o sensor, que ficava ao lado da câmera frontal, o celular desbloqueava a tela.
A tecnologia era bem legal – lembrava até o filme Minority Report. No entanto, ela não era simples. Para começar, a mão tinha que estar a uma distância quase exata do celular para ser detectada. Os gestos também não eram tão intuitivos assim.
O reconhecimento com a palma da mão segue a mesma história. Era bem interessante ver algo fora do reconhecimento facial e do leitor de digitais. Mas era preciso colocar o celular em uma posição bem específica para usar o sensor.
Novamente: não era intuitivo. Assim como o scanner de íris do Samsung Galaxy S9.
Com o tempo, o leitor da palma da mão e o scanner de íris ficaram de escanteio. Mesmo com as tentativas dos últimos anos, o scanner de impressões digitais e o reconhecimento facial triunfaram no mercado.
Os métodos de autenticação também foram levados para os computadores.