Cultura

Novo “Sr. e Sra. Smith” dosa ação, romance e comédia nos episódios

Giz Brasil assistiu os primeiros episódios da série que vai estrear sexta-feira (02) no Prime Video
David Lee/Prime Video/Amazon Studios/Divulgação

Os votos de casamento John Smith e Jane Smith, interpretados por Donald Glover e Maya Erskine, na nova série “Sr. e Sra. Smith”, do Prime Video, decerto são ação, comédia, romance, um pouco mais de ação e, de novo, comédia. 

O Giz Brasil assistiu aos três primeiros episódios da produção e conta o que você pode esperar da trama.

A estreia é sexta-feira (02), com os oito episódios da série na plataforma de streaming.

O que é ser o casal Smith?

A série criada por Donald Glover e Francesca Sloane é mais um projeto da dupla que trabalhou em “Atlanta”. Aqui eles se inspiram no famoso filme de 2005 estrelado por Brad Pitt e Angelina Jolie.

O enredo também é parecido: John e Jane são recrutados para uma missão e se tornam um casal de espiões sintonizados, como se “casal Smith” parece quase um cargo (fica a dica para prestar atenção logo no primeiro episódio, que já entrega ação)

casaisImagem: Divulgação/Reprodução

O que muda é que é um caso de espionagem por episódio.

Mas os novos fatos não impedem uma sequência coerente dos acontecimentos: a Jane de Maya Erskine abre mão de tudo para embarcar 100% focada no trabalho de alto risco, enquanto John de Donald Glover é mais despojado.

Encontro explosivo

Os dois atores são fiéis ao perfil de seus personagens e leva o espectador a se sentar no meio dos recém-casados e tentar descobrir quem são eles fora da missão — enquanto os dois fazem a mesma coisa.

Sem muitas informações dos seus respectivos passados, eles entram num jogo de verificar qualquer resquício de verdade ou hipótese.

É um “Casamento Às Cegas” cujo altar é entre tiros e bombas. O gelo visto nos primeiros diálogos — com doses de humor — é quebrado ao longo dos atos de aventura (em meio a um plano sequência interessante).

Ironia de Donald Glover e a franqueza de Maya Erskine

As diferenças de John e Jane traz diálogos em que uma pergunta respondida por uma expressão facial leve ao riso tímido. Mas também tem cena que será constrangedora num nível engraçado.

As conversas do casal espião passam por racismo e machismo sutilmente, sem deixar de identificar o problema colocado por brancos na rotina de um homem negro e uma mulher com ascendência japonesa. 

Essa é a tônica do segundo episódio, também dirigido por Hiro Murai, que se dedica a cenas de ação mais intimistas (com fuga em alta velocidade) para focar no entrosamento dos dois na vida de casal. E na missão, claro.

E o Wagner Moura? 

Wagner Moura no elenco de "Sr. e Sra. Smith"Prime Video Brasil/Reprodução

Por fim, o terceiro episódio, com direção de Karena Evans e roteiro de Yvonne Hona Yi,  parece acelerar demais os acontecimentos e pouco responde a dilemas que surgem no anterior. 

O desenvolvimento até dá algumas dicas e oferece reviravoltas para um caminho do casal espião já sintonizado na mesma frequência.

É acompanhar o restante dos episódios para ver se “Sr. e Sra. Smith” serão felizes para sempre num casamento com ação, comédia e romance.

Ah, e um spoiler: Wagner Moura não aparece nesses episódios (o que reforça a necessidade de  acompanhar todos os episódios)

Pedro Ezequiel

Pedro Ezequiel

Pedro Ezequiel é jornalista pela ECA - USP. Passou pela Rádio USP, Jornal da USP, UOL e DOC Films. Não dispensa café e podcast. É fã de "Moleque Atrevido" do Jorge Aragão.

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