Novo estudo relaciona eficácia da vitamina D ao seu peso na balança
A eficácia dos comprimidos de vitamina D pode ser menor entre pessoas com IMC (índice de massa corporal) mais alto. É o que mostra um do Brigham and Women’s Hospital, dos EUA, publicado na últimaterça-feira (17).
Segundo a pesquisa, a suplementação da vitamina só pareceu melhorar os resultados de exames das pessoas com IMC abaixo de 25. Isso inclui indivíduos com excesso de peso, mas exclui obesos.
A vitamina D é atribuída a diversos processos biológicos, especialmente na absorção de minerais, como cálcio e magnésio. O mais comum é que recebamos a vitamina através da luz solar ou por suplementação, em caso de deficiência.
O que já se sabe
O levantamento é parte da análise de dados do VITAL, uma grande pesquisa clínica feita nos EUA para investigar se o uso de suplementos de vitamina D ou ômega-3 poderia reduzir o risco de câncer, doenças cardíacas ou AVCs (acidentes cardiovasculares).
A análise inclui dados de 25.871 norte-americanos de idades variadas e sem qualquer doença no momento da inscrição.
Até agora, o estudo encontrou poucos benefícios da suplementação de vitamina D para a prevenção do câncer, ataques cardíacos ou derrames cerebrais. Mas já há uma correlação estatística entre o IMC e a incidência e mortalidade de câncer, além da incidência de doenças autoimunes, também para diabetes tipo 2.
“Isso pode ter implicações clínicas e potencialmente explicar algumas das diferenças observadas na eficácia da suplementação de vitamina D pelo status de obesidade”, disse Deirdre Tobias, epidemiologista que chefiou o estudo. Segundo ela, os dados chamam a atenção para a necessidade de não interromper as pesquisas e explorar os potenciais benefícios da suplementação com o nutriente.