Nova técnica promete explodir pedra nos rins com ondas sonoras
Procedimento fragmentou 90% do volume total do cálculo renal, em média, com 10 minutos de exposição às ondas sonoras
Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos criou um pequeno dispositivo que permite quebrar pedra nos rins usando ondas sonoras. A novidade foi publicada nesta semana na revista científica .
O nome da técnica não é nada bonito: litotripsia por ondas de explosão (ou BWL, na sigla em inglês). A tecnologia se mostrou promissora, prometendo uma maneira de tratar as pessoas com a condição, sem que elas precisem passar por um procedimento cirúrgico.Durante a pesquisa, 19 pessoas foram tratadas com o método, que consiste em transmitir pulsos de ultrassom através da pele. O estudo aponta que o procedimento fragmentou uma média de 90% do volume total do cálculo renal em 10 minutos de exposição às ondas sonoras. As pedras restantes foram expelidas sem a necessidade de outra intervenção.
Explodindo pedra nos rins
Estima-se que em algum momento de suas vidas. Geralmente, a maioria delas são curadas de forma espontânea, sem a necessidade de qualquer intervenção. Porém, há casos em que a cirurgia é necessária para evitar danos permanentes aos rins. Vale lembrar que o uso de ondas sonoras para quebrar pedras nos rins não é algo novo. Há décadas, médicos utilizam outra técnica — a litotripsia extracorpórea por ondas de choque (ESWL) — que envolve pulsos acústicos de alta intensidade. Porém, aqui, o paciente precisa estar sedado ou mesmo anestesiado.A vantagem do novo tratamento é que ele utiliza um dispositivo portátil, podendo o procedimento ser realizado em ambientes mais informais — como clínicas ou pronto-socorros, por exemplo — e sem que a pessoa precise de sedação. A BWL pode ser usada para pedras nos rins com fragmentos iguais ou menores que 2 mm. Por outro lado, a técnica tem como efeito colateral uma leve lesão tecidual, mas totalmente tratável.
A equipe de pesquisadores pretende fazer mais estudos antes que a técnica seja amplamente utilizada em consultórios. A ideia é que o dispositivo possa ser utilizado rapidamente, ao primeiro sinal de uma pedra no rim, evitando que o paciente sinta dor.