Uma nova corrida espacial está em andamento — desta vez, entre os Estados Unidos e a China. E as nações rivais querem provar seu poder com o domínio da Lua. Pelo menos, é isso que parecem pensar algumas autoridades americanas.
Em , Bill Nelson, administrador da NASA e ex-astronauta, disse que a China poderia eventualmente reivindicar a “propriedade” das áreas lunares ricas em recursos. O também senador da Flórida reforça que os americanos devem estar atentos para que os chineses “não cheguem a um lugar na Lua sob o disfarce de pesquisa científica.”
A declaração veio pouco após o fim da missão Artemis I, da NASA, que durou 26 dias e queria fazer fotos da superfície lunar. A agência espacial pretende dar continuidade ao projeto com as missões Artemis II e Artemis III, eventualmente levando astronautas ao solo lunar até 2025.
A China não está muito atrás. Em 2022, o país realizou a montagem de uma estação espacial própria, além de ter comandado missões em órbita lunar e coletado amostras do satélite.
A China pretende explorar o polo sul da Lua em 2025 e, no futuro, estabelecer uma base no satélite. O envio de taikonautas (o nome dos astronautas chineses) ao corpo celeste até o final da década também está nos planos.
Em enviado ao Congresso americano, foi destacada a capacidade pioneira da China em pousar no outro lado da lua e ainda estabelecer comunicações com a Terra com um satélite lançado no ano anterior. O documento fala também sobre a melhora do país em sua capacidade de fabricar sistemas de lançamento espacial para exploração humana no espaço profundo.
É possível que os EUA estejam brigando sozinhos. A China faz parte do Tratado do Espaço Sideral, que proíbe as nações de reivindicarem território sobre qualquer corpo celeste. O que podemos ter é, na verdade, uma competição por locais de pouso e recursos limitados, mas nada comparado a uma dominação espacial. Bem, pelo menos, até agora.