Nokia prepara volta ao mercado de smartphones, mas não é como você imagina
A Nokia terá que esperar até 2016 se quiser colocar sua marca em celulares: este é um dos termos de seu acordo com a Microsoft. Será que ela quer mesmo voltar a um mercado que lhe rendeu bilhões em prejuízo? Bem, claro que sim, mas não do jeito que você imagina.
que a finlandesa planeja retornar aos celulares no início de 2016, só que ela não pretende fabricá-los, nem se concentrar pesadamente nesse mercado.Este é aparentemente um projeto da Nokia Technologies, divisão que cuida de patentes e de novos produtos. Ela é responsável pelo Z Launcher para Android, e pelo tablet N1.
E assim como o N1, futuros smartphones devem ser projetados pela Nokia, mas produzidos por outra empresa – as fábricas da Nokia foram vendidas para a Microsoft. No caso do tablet, :A parceira OEM é responsável pela execução completa de negócios, da engenharia e vendas ao atendimento ao cliente, incluindo os passivos e custos de garantia, propriedade intelectual, licenciamento de software e acordos contratuais com terceiros.
E a Nokia não deve se dedicar a celulares: hoje, ela é uma empresa de infraestrutura, responsável por instalar redes celulares em 120 países. Na semana passada, ela anunciou a compra da Alcatel-Lucent, que instala redes de telefonia fixa e celular ao redor do mundo – a aquisição será no valor de US$ 16,6 bilhões.
Além disso, a Nokia confirmou que cogita vender sua divisão HERE de mapas. Dessa forma, ela se tornaria ainda mais concentrada em redes celulares. E como lembra o Re/code, “há alguma lógica em construir uma rede e projetar dispositivos que usam essa rede, mas ela poderia decidir que esses esforços estão muito longe de seu foco, e reduzi-los”. É o que a Ericsson e a própria Alcatel-Lucent fizeram no passado.
Ou seja, não espere rever a Nokia de antigamente, mas espere projetos bem interessantes – alguns envolvendo até realidade virtual. Richard Kerris, ex-executivo da Nokia, diz ao Re/code que o público ficará deslumbrado se alguns dos projetos da empresa chegarem ao mercado.
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