Será que vale realmente a pena comprar o Nintendo Switch OLED?

O novo console não tem nenhuma melhoria de hardware e ainda não conserta os problemas de drift do Joy-Com. Então, o que terá de diferente?
Divulgação/Nintendo
Imagem: Nintendo/Divulgação

A Nintendo chamou atenção nesta semana com o anúncio surpresa do novo Switch OLED, console que será lançado em 2022 aqui no Brasil. Mas agora que a poeira abaixou, vale a pena fazermos a seguinte pergunta: um Switch pouco atualizado é o que o público realmente queria ou precisava?

À primeira vista, pagar mais caro por uma tela mais colorida e outras melhorias menores pode soar como um bom negócio, ainda mais para quem não tem o modelo padrão. Por esse ponto de vista, é algo equivalente à lógica de outros consoles atualizados da concorrência, como o PS4 Slim e o Xbox One X.

Contudo, se levarmos em conta as especificações técnicas, o Switch OLED não é necessariamente uma experiência “premium” que muitos esperavam. As novidades são:
  • Um display OLED de 7 polegadas sensível ao toque com resolução 720p. Uma melhoria considerável das 6,2 polegadas do modelo padrão e das 5,5 polegadas do Switch Lite;
  • 64 GB de armazenamento, o dobro dos 32GB oferecidos por ambos os antecessores;
  • Um novo suporte, mais largo que o padrão;
  • Dock retrabalhado com porta Ethernet;
  • Melhor sistema de áudio integrado;
  • Disponível nas cores preta com branca, além do vermelho com azul tradicional.
E essa é a lista completa. O modelo OLED será compatível com todos os jogos do Switch, e a Nintendo confirmou que ele também poderá ser usado com os docks atuais. A performance e duração da bateria não tiveram alteração.
Divulgação/NintendoImagem: Nintendo/Divulgação
Contudo, há mais algumas funções que já se tornaram um padrão na indústria que não teremos no console da atual geração da Nintendo:
  • Não há suporte para áudio Bluetooth;
  • Não foi mencionada atualização ao problema de drift (desvio) dos Joy-Con;
  • Não há suporte para resolução 1080p no modo portátil, nem 4K no dock;
  • Não há suporte para tecnologias de ray tracing, nem DLSS da NVIDIA ou FidelityFX Super Resolution da AMD para melhorar a performance.

Portanto, o que temos aqui é, no máximo, um Switch retrabalhado, e não um “Switch Pro”. Logo, não será surpresa alguma caso anunciem que o modelo atual será descontinuado em breve. Voltando ao cerne da questão: são estas as melhorias que queríamos ver no Switch OLED? Isso vale o investimento extra?

Relembramos: o Switch OLED foi anunciado por US$ 350, o que equivale a cerca de R$ 1.770 em conversão direta. O modelo atual do console é vendido por US$ 300 (R$ 1.550) nos EUA e por R$ 3 mil aqui no Brasil. Caso a conversão do OLED seja equivalente, podemos esperar que  ele custe, no mínimo, R$ 3,5 mil quando chegar ao mercado nacional no ano que vem.

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