O mais longo feixe de neutrinos do mundo vai explorar o motivo do universo ainda existir
Um experimento de 800km de largura feitp pelo Fermilab nos EUA vai tentar entender o que aconteceu para o universo não deixar de existir logo após o Big Bang.
Ele pode não dar a sensação de grandeza esmagadora do CERN, mas o novo experimento de neutrino com 800km de largura do Fermilab é tão ambicioso quanto. Se a proveitando da mais poderosa experiência de neutrinos baseada em acelerador já construída nos EUA, os pesquisadores esperam desvendar segredos subatômicos e, através dele, descobrir por que o universo não entrou em colapso logo após o Big Bang.
O experimento é conhecido como NOvA ou NuMI Off-Axis νe Appearance, sendo NuMI a sigla para Neutrinos at the Main Injector – um nome estiloso para o . Equipes passaram o últimos cinco anos construindo as instalações de 800km no Fermilab em Batavia, no estado de Illinois, nos EUA, e em Fall Ash, em Minnesota, também nos EUA. O NuMI vai lançar prótons diretamente através da crosta da Terra entre as duas localizações onde detectores enormes vão monitorar como os neutrinos se modificam durante o trânsito na velocidade da luz.
O Detector de Proximidade do Illinois pesa 270 toneladas, enquanto o Detector de Distância em Fall Ash pesa impressionantes 12.700 toneladas. Com 60 metros de largura, 15 metros de altura e 15 metros de comprimento, o Detector de Distância é considerado a maior estrutura de plástico já construída.O funcionamento do experimento envolve teoria de física quântica avançada, mas basicamente os pesquisadores querem observar a do múon para neutrinos do elétron. Os neutrinos vêm em três sabores – múon, elétron e tau – mas em longas distâncias eles já foram observados mudando de tipo. Assim, um neutrino do múon em uma das extremidades pode ser medido como um neutrino do elétron no outro lado. É esse comportamento que os pesquisadores do Fermilab querem estudar.
Essa peculiaridade subatômica pode ter enormes implicações na nossa compreensão do universo, especificamente como a inequalidade atual de matéria e antimatéria se formou. Respondendo a isso poderíamos, talvez, ter uma visão melhor do motivo de tudo não ter simplesmente desaparecido imediatamente após o Big Bang, já que a matéria e a antimatéria do universo negam a existência do outro. [Fermilab , – – – ]