Nem Darwin explicou: estudo desvenda mistério das plantas que se mexem
Finalmente, cientistas conseguiram desvendar um mistério antigo (de pelo menos 156 anos), que intrigava, até mesmo, Charles Darwin: por que algumas plantas se mexem?
Em um estudo recente, cientistas norte-americanos e israelenses investigaram o fenômeno, focando nos padrões de movimento de plantas durante o crescimento, sobretudo de girassóis.
Embora pareçam estáticas, as plantas exibem movimentos significantes. As plantas se mexem bastante conforme elas crescem. Por exemplo, os girassóis não crescem em linha reta, mas, na verdade, apresentam um movimento chamado “circunutação”. Nele, as plantas se movem de forma caótica em direção à fonte de luz para absorver mais energia solar, contribuindo para o crescimento durante a fotossíntese.
Nesse processo, à medida que o girassol cresce, sua coroa gira, chegando a torcer como um saca-rolhas. Embora muito lentamente, a planta se mexe. Veja, abaixo:Agora, 156 anos depois de Darwin se intrigar com o fenômeno, cientistas explicaram por que as plantas se mexem, em um estudo na última quarta-feira (14).
Por que as plantas se mexem
Através de experimentos em estufas e simulações, o estudo afirma que os movimentos das plantas são importantes para otimizar a exposição ao Sol. Os cientistas analisaram os padrões de movimento das plantas e descobriram que a circunutação ajuda girassóis a buscarem a luz do Sol de maneira mais efetiva, resultando em um melhor crescimento.
Segundo o estudo, quando os girassóis se movem em um certo grau de aleatoriedade, eles entram em um movimento de zig-zag. Esse padrão, segundo o estudo, maximiza o acesso à luz do Sol.Além disso, o estudo se baseia em pesquisas anteriores que indicavam que plantas crescendo em condições limitadas, como os girassóis, se alinha naturalmente com o movimento de zig-zag.
Por fim, os autores do estudo sugerem que os movimentos aleatórios das plantas também ajudam a explorar o ambiente ao redor de modo mais efetivo. A co-autora do estudo, Yasmine Meroz, da Universidade de Tel Aviv, afirmou que o próximo passo é realizar pesquisas para explorar como as plantas se mexem de maneiras diferentes em cenários mais complexos. A intenção dos cientistas é aplicar os insights dos estudos na agricultura.