Em um artigo (ainda não revisado por pares), o professor da Universidade do Texas, Todd Humphreys, afirmou ter desenvolvido o que parecer ser uma nova tecnologia de navegação global. Para isso, o pesquisador usou o sistema de satélites Starlink, da empresa SpaceX, de Elon Musk.
Para o projeto, foi adquirido um terminal Starlink para transmitir vídeos em alta definição do tenista Rafael Nadal, no YouTube. Essa ação forneceu uma fonte constante de sinais captada por uma antena próxima.
Não houve uma tentativa de quebrar a criptografia do Starlink ou acessar qualquer dado do usuário vindo de satélites. Em vez disso, os pesquisadores buscaram frequências de sinais repetitivos enviados pelos satélites.
Essas sequências não foram encontradas, mas Humphreys e os colegas ficaram surpresos ao descobrirem que os satélites tinham mais sequências sincronizadas do que o necessário.
O que se observou foi que os satélites Starlink transmitem uma sequência de quatro sinais a cada milissegundo. “Isso é maravilhoso para o uso duplo do sistema de posicionamento”, diz Humphreys ao .
De acordo com o professor, é possível estimar que um receptor de sinais dos satélites da Starlink está a cerca de 30 metros de outro aparelho repetindo esse processo com vários satélites.
A expectativa é que a SpaceX coopere, no futuro, para a inclusão de dados adicionais sobre a posição exata de cada satélite. Essas informações podem ajudar na precisão da localização (para menos de um metro) e, assim, torná-la competitiva ao tradicional GPS.