Ciência
NASA e SpaceX vão usar lasers para se comunicarem com a ISS
Vantagem da comunicação por laser é que a taxa de dados é muito mais alta e as missões poderão enviar mais imagens e vídeos para a Terra
Imagem: NASA/Divulgação
A NASA e a SpaceX, empresa aeroespacial de Elon Musk, estão se preparando testar em larga escala a comunicação espacial a laser. Atualmente, a comunicação é feita usando antenas de rádio.
A principal vantagem da comunicação por laser é que a taxa de dados é muito mais alta. Outro ponto positivo é que, com ela, as missões poderão enviar mais imagens e vídeos para a Terra numa única transmissão.A expectativa é que isso aconteça ainda este ano, já que a SpaceX deve lançar a missão CRS-29 em direção à Estação Espacial Internacional (ISS).
Lá no espaço, uma cápsula de carga robótica Dragon vai transportar um dispositivo chamado ILLUMA-T (sigla em inglês de Integrated LCRD Low Earth Orbit User Modem and Amplifier Terminal). Ele vai completar o primeiro sistema de comunicações a laser bidirecional de ponta a ponta da NASA.
“As comunicações a laser oferecem às missões mais flexibilidade e uma maneira rápida de recuperar dados do espaço,” disse Badri Younes, da NASA, em um .
Além disso, outra vantagem é que o ILLUMA-T tem aproximadamente o tamanho de um refrigerador, e será preso a um módulo externo na ISS para fazer sua demonstração.
“Estamos integrando esta tecnologia em demonstrações perto da Terra, na Lua e no espaço profundo”, comentou.
Como vai funcionar a comunicação por laser
Aproveitando feixes de laser, o ILLUMA-T transmitirá informações para outro satélite a uma taxa de conexão de internet considerável baseada na Terra.Dessa forma, segundo a NASA, assim que o ILLUMA-T estiver na estação espacial o terminal enviará dados de alta resolução. Incluindo fotos e vídeos, para o LCRD a uma taxa de 1,2 gigabits por segundo.
A partir daí, ele se comunica com o Dispositivo de Demonstração de Comunicação a Laser (LCRD, na sigla em inglês), lançado em dezembro de 2021. O LCRD transmitirá as informações para duas estações terrestres: uma no Havaí e outra na Califórnia.
Os programadores da missão escolheram esses locais para evitar a cobertura de nuvens, que os lasers têm dificuldade para penetrar.