NASA é cobrada para dividir custos da Artemis com Brasil e outros países
Atualmente, 23 nações assinaram os Acordos de Artemis, da NASA, incluindo o Brasil. Esses acordos possuem uma série de princípios e práticas para a exploração espacial de forma sustentável, além de abrir brecha para que a indústria de cada país possa desenvolver novas tecnologias para ser usada ao longo do programa.
Até outubro do ano passado, haviam sido assinados 54 acordos de cooperação na exploração lunar entre a NASA e outras agências espaciais ao redor do mundo. Deste total, 23 deles estavam concentrados na ESA (Agência Espacial Europeia) e JAXA (Agência Japonesa de Exploração Espacial), e o restante com outros 14 países. Quanto ao Brasil, é destacado no relatório que a NASA assinou um acordo com a AEB (Agência Espacial Brasileira) em que expressa um desejo mútuo de desenvolver atividades cooperativas na superfície lunar. Porém, o documento não detalha essa participação brasileira, muito menos uma data prevista para que ela ocorra.A NASA não é 100% culpada
Para exemplificar esta questão, o documento aponta que, apesar de prevista uma importante participação do Japão na construção da futura Estação Espacial Gateway, a JAXA ainda não pôde enviar um astronauta japonês para os EUA para iniciar o seu treinamento para futuras missões.
Há também problemas com legislações norte-americanas confusas e conflitantes entre si.No caso do Módulo de Serviço – usado durante a missão Artemis 1 –, ele foi desenvolvido pela ESA, com o equipamento sendo regido pelos regulamentos de exportação do Departamento de Comércio dos EUA. Porém, quando o mesmo módulo é conectado ao adaptador que o liga à espaçonave Orion, ele passa a ser supervisionado pelo Regulamento Internacional de Tráfego de Armas (ITAR), através do Departamento de Estado.
O relatório apontou 10 recomendações de melhorias que podem ajudar a NASA a expandir a colaboração com os outros países, com a agência acatando todas elas. A única exceção é a recomendação que pedia “uma análise detalhada de lacunas e estimativa de custo” para missões além da Artemis 4, pois a NASA alegou ser difícil estimar um custo em um programa que terá duração de “várias décadas”. Segundo apontou o site especializado , o programa Artemis tem o potencial de se tornar a maior coalizão de parceiros internacionais focada em exploração espacial da história.