Uma equipe de astrônomos da NASA anunciou nesta semana a descoberta de uma “Super-Terra”, que está orbitando uma estrela a apenas 137 anos-luz de nós. A estrela é uma anã vermelha, que é muito mais fraca e fria do que o nosso Sol.
Além disso, também está orbitando essa estrela um possível planeta do tamanho da Terra. O que mais chamou atenção dos cientistas é que os planetas, chamados TOI-715 b e TOI-715 c, estão dentro da zona habitável de sua estrela. Isso significa que eles poderiam ter as condições certas para a existência de água líquida em suas superfícies.
TOI-715 b é o maior dos dois, com um raio de cerca de 1,5 vezes o da Terra. Ele completa uma órbita ao redor de sua estrela em apenas 10 dias. Já o TOI-715 c é um pouco menor, com um raio de cerca de 1,1 vezes o da Terra. Ele leva cerca de 16 dias para dar a volta em sua estrela, o que ainda é muito mais curto do que um ano na Terra.
A descoberta de TOI-715 b e c aumentou a lista crescente de exoplanetas que poderiam ser habitáveis ou até mesmo habitados. A exploração de mais e mais desses mundos podem nos levar a responder em breve a uma das perguntas mais profundas da ciência: estamos sozinhos no universo?
Entenda a descoberta da NASA
O método de trânsito detectou os planetas, medindo as pequenas quedas no brilho da estrela quando um planeta passa na frente dela. O (TESS, na sigla em inglês) da NASA coletou os dados, varrendo o céu em busca desses eventos.
A equipe confirmou a existência e as propriedades dos planetas usando observações de acompanhamento de telescópios que estão na Terra. A NASA explica que a descoberta é impressionante por alguns motivos. Primeiro, eles estão entre os exoplanetas mais próximos de nós, tornando-os mais fáceis de estudar em mais detalhes.
Segundo, ambos estão na zona habitável de sua estrela, o que é raro para planetas ao redor de anãs vermelhas.
A maioria dessas estrelas é muito ativa e emite flares poderosos, que poderiam arrancar as atmosferas dos planetas e torná-los inabitáveis.
No entanto, TOI-715 parece ser relativamente calma e estável, dando aos planetas uma melhor chance de reter suas atmosferas e água. Além disso, ambos são pequenos e rochosos, como a Terra, o que os torna mais propensos a ter uma geologia e química semelhantes.
Agora, a equipe espera usar o Telescópio Espacial James Webb para sondar as atmosferas. Espera-se que o telescópio seja capaz de detectar a presença de moléculas como água, dióxido de carbono, metano e oxigênio, que poderiam indicar o potencial para a vida.
A equipe planeja procurar mais planetas no sistema, pois outros mundos escondidos podem ser muito pequenos ou muito distantes para o método de trânsito detectar. Um artigo descrevendo detalhes da descoberta foi publicado na revista .