NASA decifra mistério e gera mais dúvidas sobre asteroide bizarro
Descoberto em 1983, o Phaethon foi catalogado como mais um asteroide rochoso do nosso Sistema Solar. Entretanto, os astrônomos logo descobriram que ele tem um comportamento anormal, criando uma espécie de cauda quando ele se aproxima do Sol – da mesma forma que os cometas.
Inclusive, a órbita do asteroide indica que ele é o responsável por gerar a chuva de meteoros Geminídeos, em dezembro. A liberação de poeira é algo comum apenas em cometas, formando uma espécie de nuvens de detritos no espaço. Quando a Terra atravessa essas nuvens, acontecem as chuvas de meteoros.
Até então, acreditava-se que a cauda era formada pela poeira que escapava de Phaethon quando ela interagia com o calor do Sol. Porém, um novo estudo – publicado no – mostra que a cauda é feita, na verdade, de gás sódio.
Em 2009, o telescópio espacial STEREO (Solar Terrestrial Relations Observatory), da NASA, detectou uma pequena e curta cauda em Phaethon quando ele se aproximou do Sol. O mesmo aconteceu em 2012 e 2016, o que reforçou a teoria da cauda de poeira.Porém, em 2018, ao usar outro telescópio da NASA, o Parker Solar Probe, os cientistas descobriram que a trilha do asteroide continha mais material que ele poderia liberar durante suas aproximações com o Sol. Isso levou os astrônomos a se perguntarem se não havia mais material sendo expelido pelo Phaethon.
Geralmente, os cometas brilham por emitirem sódio quando estão muito perto do Sol, o que poderia ser o casi do asteroide. Ao testar essa teoria com o telescópio SOHO (Solar and Heliospheric Observatory), os astrônomos ficaram surpresos ao descobrir que a cauda do asteroide era visível no filtro que detecta sódio, mas não apareceu para aquele que detecta a poeira. Além disso, o formato da cauda e a maneira como ela se comporta é consistente como uma cauda feita de sódio, mas não a de uma com poeira. Dessa forma, a cauda deve estar sendo formada quando o calor do Sol vaporiza o sódio presente no interior asteroide.