Provavelmente não haverá uma cura milagrosa para o novo coronavírus
Hidroxicloroquina não é tão eficaz quanto se pensava
Na última semana, dados do maior estudo randomizado já feito e controlado do medicamento hidroxicloroquina.Dito isto, médicos de vários países, como Brasil e , encerraram seus próprios testes de hidroxicloroquina e o medicamento relacionado com cloroquina no início, pois os pacientes começaram a mostrar um risco maior de problemas cardíacos. Embora esses medicamentos sejam rotineiramente usados em certas condições auto-imunes e na malária da doença parasitária, eles são conhecidos por potencialmente afetar o coração.
Até especialistas da rede de TV norte-americana Fox News, que têm sido defensores da hidroxicloroquina após o anúncio de Trump no início de abril de que seria um , começaram a .
Remdesivir não rolou bem também
Mas não é apenas a hidroxicloroquina que pode ter sido alvo de exageros. Na última quinta-feira (23), o de um estudo na China sobre o antiviral experimental remdesivir, que foi publicado no site da OMS (Organização Mundial da Saúde), mas a publicação foi logo removida do site da entidade.Por um lado, os vírus são osso duro de roer. Seu modo de vida estranho (se essa é a palavra certa a ser usada), que depende de sequestro de células, dificulta o ataque com segurança do que as bactérias de vida livre. É por isso que temos muito menos antivirais que antibióticos e uma razão pela qual provavelmente nunca teremos uma cura para o resfriado comum.
Deixando a biologia de lado, os tratamentos experimentais geralmente não cumprem sua promessa, não importa quão grandes possam parecer no laboratório ou nos primeiros ensaios clínicos. Um estudo realizado em 2018, por exemplo, constatou que apenas 14% de todos os candidatos a medicamentos que haviam chegado a pela FDA (Food and Drug Administration) para vacinas, com o exemplo de taxa de sucesso foi maior, em torno de 33%. Já com o COVID-19, os médicos já tentaram vários outros tratamentos promissores além da hidroxicloroquina, como , com pouco a mostrar.Nem tudo são más notícias
Por mais sombria que a realidade seja, isso não significa que nada funcione ou que a hidroxiclorquina e o remdesivir não terão nenhum papel a desempenhar no combate à doença. Há mais ensaios clínicos desses medicamentos e de outros a caminho, e nem todos os dados que vimos até agora foram más notícias. Também pode haver esperança de que, mesmo que esses medicamentos não possam tratar os casos mais graves, eles ainda possam impedir que as pessoas nos estágios iniciais da doença (quando o vírus cresce mais rapidamente) se agravem.
Mas, julgando apenas pela história, é provável que nenhum tratamento encontrado forneça mais do que um benefício modesto. Embora as chance sejam maiores de encontrar uma vacina que dê certo, o melhor cenário absoluto é que ela chega ao público em um ano, se não mais. Idealmente, países acometidos pela doença serão capazes de impedir que o coronavírus fique ainda mais fora do controle nesse meio tempo. No momento, porém, mesmo isso é um tiro no escuro.