Não é só o pum, arroto de vaca também afeta o aquecimento global
Sim, os bois e as vacas arrotam metano (CH4) e isso contribui para o efeito estufa. O sistema digestivo desses animais transforma capim em carboidratos complexos que os bovinos necessitam. Contudo, um subproduto dessa digestão é o CH4.
Mas até que ponto esses bichos são responsáveis pelo aquecimento global? Um projeto lançado que tenta barrar essas emissões, chamado Zero Emission Livestock Project (ZELP) que 15% dos gases que contribuem para o aquecimento global, vêm dos bovinos.
A agropecuária é um setor importante que abastece a população mundial. Seja no consumo de carne ou na produção de leite. E a tendência é aumentar. O ano de 2019 foi marcado no Brasil por ‘’. O rebanho do país, na época, alcançou a marca de 214,7 milhões de animais. A é que este ano de 2021 o mundo veja pelo menos 1 bilhão de cabeças de gado.
Apesar de nos alimentar, a contribuição do agronegócio para o aquecimento global. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) que as emissões de metano poderiam ser reduzidas em até 45% dentro da década. Isto evitaria quase 0,3°C de aquecimento global até 2045. Alf que faria toda diferença para limitar o aumento da temperatura global a 1,5˚C, ajudando o mundo a atingir as metas do Acordo de Paris.
Por esse motivo, pesquisadores do mundo inteiro tentam buscar contribuições – e diversas alternativas – para resolver esse impacto ambiental, com tecnologias para neutralizar as emissões de metano.
Como diminuir as emissões de metano vinda dos arrotos de bovinos?
Os cientistas já sabem que alguns micro-organismos presentes no interior dos animais contribuem mais ativamente com a produção de metano que outros. Uma pesquisa publicada na mostra que a maioria desses micróbios produtores de CH4 são herdados. Dessa forma, eles acreditam que a seleção genética de vacas sem esses traços herdados poderia ajudar a projetar um animal mais ‘ecológico’.
Outra maneira seria mudar a alimentação do gado com aditivos que diminuem a produção de metano. Para se ter ideia, uma mostrou a redução dos gases em até 82% com aditivos de algas marinhas. Em contrapartida, cientistas que testaram outros componentes tiveram níveis de eficácia mais baixos. da Wageningen University and Research encontrou uma redução de até 50%.
Uma alternativa é mudar os nossos hábitos alimentares. Diminuir o consumo de carne e laticínios equivale a menos animais, o que por sua vez representa menos gases sendo expelidos para a atmosfera. É claro que isso serve para algumas pessoas e não para outras.
Contudo, não são todos os países possuem diversidade em fontes de proteína. Ao , Marta G. Rivera Ferre, da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que essa seria a possibilidade apenas às nações que são desenvolvidas.
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