O plano da Microsoft para se tornar ágil, dinâmica e obcecada por você
No último ano, a Microsoft vem passando por grandes mudanças internas. Em julho do ano passado, Steve Ballmer anunciou a “One Microsoft” para realinhá-la como uma empresa de dispositivos e serviços. E em fevereiro, Satya Nadella assumiu o cargo de CEO.
Como ele guiará a gigante de Redmond daqui para a frente? Concentrando-se em produtos que farão você perder o mínimo de tempo possível – ou, pelo menos, essa é a promessa.Produtividade, para nós, vai muito além de documentos, planilhas e slides. Vamos reinventar a produtividade para pessoas que estão nadando em um crescente mar de dispositivos, aplicativos, dados e redes sociais… Nós vamos construir ferramentas para sermos mais preditivos, pessoais e úteis… Cada experiência que a Microsoft constrói vai entender o contexto rico de um indivíduo no trabalho e na vida para ajudá-lo a organizar e realizar coisas com facilidade.Ele dá como exemplo a Cortana: ela “combina dados de sensores no trânsito e meu próprio calendário e simplesmente me lembra de sair do trabalho para chegar ao recital da minha filha a tempo”, em vez de apenas exibir uma notificação da agenda e fazer você caçar por rotas.
O núcleo
É assim que a Microsoft se vê agora:Isso também envolve criar mais dispositivos que misturam trabalho e lazer, como o Surface Pro 3, para “estimular mais demanda para todo o ecossistema Windows” – e isso inclui apostar no Windows Phone através da divisão de smartphones adquirida da Nokia.
Ou seja, Nadella não quer que a Microsoft seja definida apenas como uma empresa de “dispositivos e serviços”: o objetivo é aumentar a produtividade apostando em dispositivos móveis e na nuvem – esta, uma especialidade do CEO.
Mais ágil
Nadella também quer mudar a cultura da Microsoft, prometendo que “vamos ficar obcecados por nossos clientes”. Isso significa engenheiros que “criam experiências que nossos clientes amam”, e uma equipe de marketing e vendas que “fomentem o uso por parte dos nossos consumidores”. Ele planeja tornar a empresa mais ágil, “simplificando o processo de engenharia e reduzindo a quantidade de tempo e energia necessários para fazer as coisas acontecerem”. Isso significa menos processos, menos pessoas envolvidas em decisões e maior responsabilização de cada um.Isso lembra vagamente a forma como a Apple funciona desde quando Steve Jobs assumiu o comando, escalando um DRI (Indivíduo Diretamente Responsável) que se responsabiliza totalmente por um produto – se ele falhar, não dá para jogar a culpa na equipe. Até mesmo a “obsessão por consumidores” lembra a cultura interna da Apple, assim como o antigo foco em dispositivos e serviços.
Mas a Microsoft é uma empresa bem diferente da Apple por dentro. Resta ver como ela reagirá às mudanças que Nadella pretende implementar. [ via ]