Mudanças climáticas podem ter moldado as trombas dos primeiros elefantes
O estudo liderado pelo Chunxiao Li descobriu uma enorme diversidade na estrutura da mandíbula desses animais. As análises indicam que as mudanças climáticas globais desempenharam um papel fundamental na evolução dessas estruturas, com respostas adaptativas nos seus comportamentos alimentares desses animais.
As três famílias estudadas — Amebelodontidae, Choerolophodontidae e Gomphotheriidae — apresentaram variações distintas na estrutura da mandíbula e nas presas, revelando adaptações específicas aos seus ambientes.
Durante a transição climática do Mioceno Médio, que trouxe consigo secas regionais e expansão de ecossistemas mais abertos, observou-se uma extinção súbita na família Choerolophodontidae. Essa mudança ambiental também influenciou a evolução dos troncos, com o desenvolvimento da tromba enrolada e agarrada nos indivíduos da família Platybelodon, permitindo a sobrevivência deste grupo em ambientes mais abertos.
“Durante o Mioceno Inferior ao Médio, a família Gomphotheriidae floresceu em todo o norte da China”, disse Chunxiao ao . Segundo o pesquisador, essas descobertas não apenas revelam a complexa interação entre as mudanças climáticas e a evolução morfológica dos elefantiformes, mas também lançam luz sobre por que os elefantes modernos são os únicos capazes de se alimentar usando a tromba.
Além disso, a pesquisa destaca a importância de abordagens interdisciplinares e métodos quantitativos na paleontologia para compreender a evolução dessas espécies extintas.