Míssil do “Juízo Final” explode na Rússia e deixa cratera de 62 metros

De acordo com imagens de satélites, o míssil Sarmat, considerado uma arma do “Juízo Final” da Rússia, explodiu durante um teste em setembro. A explosão do míssil balístico intercontinental — que tem sido apelidado pelo ocidente como “Satan-II” — deixou uma enorme cratera.

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Imagens de satélite da empresa Maxar mostram a cratera da explosão, bem como danos extensos ao redor do silo de lançamento do míssil do “Juízo Final”, na região de Arkhangelsk, no norte da Rússia.

“Uma enorme cratera (com cerca de 62 metros de diâmetro) é visível no silo de lançamento. Danos enormes dentro e ao redor da plataforma sugerem que o míssil explodiu logo após a ignição ou lançamento”, George Barros, analista do Institute for the Study of War, em uma publicação no X/Twitter.

De acordo com Barros, a explosão do míssil não é só um fracasso do sistema bélico da Rússia, mas também uma vitória da Ucrânia na guerra da informação.

No entanto, especialistas e pesquisadores não descobriram a causa da explosão do míssil. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, informou não ter informações sobre a “suposta falha no teste do míssil”.

De volta à Guerra Fria? Míssil do “Juízo Final”

O míssil Sarmat pode ser considerado uma arma perigosa pela sua potência, com alcance de 17,7 mil quilômetros e capaz de carregar múltiplas ogivas nucleares.

No entanto, o programa Sarmat só conseguiu realizar um teste bem-sucedido até hoje. Aliás, esse teste ocorreu em abril de 2022, dois meses após a Rússia invadir a Ucrânia.

De acordo com analistas, os problemas do míssil Sarmat são causados pelas perdas financeiras e aumento das dívidas da agência espacial da Rússia, a Roscosmos.

Alguns dos fornecedores da Roscosmos sofreram sanções dos EUA e perderam a maioria de seus contratos internacionais após a invasão russa na Ucrânia. As sanções, desse modo, isolaram a Rússia da tecnologia ocidental.

No entanto, em 2021, Vladimir Putin, presidente da Rússia, declarou que o míssil do “Juízo Final” é uma “arma formidável”. Sem limitações de alcance, o míssil consegue atingir alvos nos polos norte e sul, segundo Putin.