A Microsoft enfrenta um obstáculo inesperado para comprar a produtora Activision Blizzard, que desenvolve franquias de sucesso como “Call of Duty”. O Reino Unido anunciou que vai bloquear a aquisição de US$ 69 bilhões devido à práticas anti-competitivas, que poderiam limitar a concorrência no mercado de jogos em nuvem. Esta é (ou seria?) a maior transação já realizada na indústria de jogos.
O órgão regulador antitruste do país, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA), disse na quarta-feira (26) que não se convenceu com o compromisso da Microsoft de garantir o acesso à franquia “Call of Duty” nas principais plataformas de jogos em nuvem.
De acordo com a CMA, isso não resolveria efetivamente suas preocupações sobre o impacto negativo da fusão na concorrência e nos consumidores.
A Microsoft, por sua vez, tentou tranquilizar os funcionários da sua divisão de jogos Xbox, dizendo haver uma maneira de avançar para a aprovação da compra da Activision Blizzard.
Em uma reunião geral na manhã desta quinta-feira (27), o chefe da divisão de games da Microsoft, Phil Spencer, reconheceu a decepção da empresa.
Spencer disse que o desejo da Microsoft em prosseguir com o negócio não diminuiu, segundo a .
Spencer disse aos funcionários que o presidente da Microsoft, Brad Smith, ficou acordado às 2h da manhã de quarta-feira elaborando uma resposta à CMA. Ele disse que a diretora financeira Amy Hood, que supervisiona as aquisições, realizou uma reunião de liderança sênior no mesmo dia.
Ainda de acordo com a Bloomberg, o chefe do Xbox disse que a aquisição tinha como objetivo acelerar os planos de jogos da Microsoft.
Para a Microsoft, comprar a Activision não representa a totalidade da estratégia de jogos da empresa. A Microsoft, portanto, seguiria em frente mesmo sem a Activision.
O presidente da Microsoft, Brad Smith, disse em um comunicado que a empresa permanece com a intenção de comprar a Actvision e vai recorrer da decisão, enquanto a Activision disse que vai “trabalhar agressivamente” com a Microsoft para revertê-la.
Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.
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