Apesar de estarem melhorando a cada iteração, as assistentes digitais ainda são conhecidas por, na maioria das vezes, soarem robotizadas, e as empresas reconhecem isso. Tanto é verdade que a Microsoft acaba de comprar a Semantic Machines, uma startup de inteligência artificial da Califórnia, na esperança de melhorar a sua assistente Cortana.
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A Microsoft tem tentado aperfeiçoar as habilidades de conversa da Cortana e de chatbots como o XiaoIce, que já registra mais de 30 bilhões de conversas na China. Agora que a Semantic Machines se juntou à equipe, a companhia diz buscar “estabelecer um centro de excelência em IA em Berkeley, na Califórnia, para avançar os limites do que é possível em interfaces de linguagem”. A empresa ainda acrescentou que “busca entregar experiências de usuário potentes, naturais e mais produtivas, que levarão a computação conversacional a um novo nível”.
Para tanto, contará com a expertise de uma companhia que, desde 2014, ano de sua fundação, tem usado aprendizado de máquina para fazer com que bots respondam de maneira mais natural a perguntas. A Semantic Machines é chefiada pelo professor Dan Klein, da Universidade da Califórnia em Berkeley, e pelo ex-diretor de linguagem da Apple, o cientista Larry Gillick, ambos pioneiros em IA conversacional.
A IA conversacional tem como objetivo oferecer suporte a diálogos mais ricos e produtivos entre humanos e bots como a Cortana. Ao redobrar os esforços em inteligência artificial, a mensagem da Microsoft é de que, mesmo estando atrás de Amazon e Google quando o assunto é o mercado geral de assistentes digitais, .
Mas o caminho não será simples para a Microsoft. A Acer anunciou nesta segunda-feira (21) a chegada de notebooks com Windows 10 que trazem a Alexa pré-instalada, junto com a Cortana. A decisão faz sentido, pensando nos consumidores que possam estar mais acostumados com a assistente da Amazon. Porém, também ameaça desvalorizar a Cortana como parte da experiência com o Windows. Vale apontar, no entanto, que a Microsoft fez uma parceria com a Amazon em 2017 para integrar melhor as IAs de ambas as empresas. Pensando nisso, embutir a Alexa no Windows pode acabar sendo uma vitória para as duas companhias. Independentemente disso, está claro que a guerra entre assistentes digitais está esquentando.
Não é possível afirmar que a compra da startup pela Microsoft seja uma resposta a um avançado Google Assistente apresentado pelo Google durante a conferência para desenvolvedores I/O, entre os dias 8 e 10 de maio. Na ocasião, vimos o gigante das buscas exibir uma assistente capaz de fazer ligações e se passar por humano para agendar horários no cabeleireiro e reservar mesas em restaurantes. O fato é que a apresentação do CEO da empresa, Sundar Pichai, certamente elevou a barra de exigência entre os concorrentes.
Imagem do topo: Microsoft