Meta vai remover conteúdo de apoio a atos golpistas do último domingo (8)
Bolsonaristas radicais invadiram e deprederam Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal
A Meta Platforms, empresa controladora de Instagram, Facebook e WhatsApp, anunciou que vai bloquear e remover quaisquer conteúdos que apoiem as invasões às sedes dos três poderes ocorridas no último domingo (08).
À , um porta-voz da companhia afirmou que seriam removidos conteúdos que incitem pessoas a “pegarem em armas ou invadirem à força o Congresso, o Palácio do Planalto ou outros prédios federais”.“Estamos classificando isso como um ato de violação, o que significa que removeremos conteúdo que apoie ou enalteça essas ações”Por volta das 15h da tarde de ontem, radicais bolsonaristas insatisfeitos com o resultado das eleições de 2022 ultrapassaram bloqueios policiais e invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Os manifestantes, defensores de pautas antidemocráticas e inconstitucionais, como intervenção militar, deixaram um rastro de destruição por onde passaram.
O episódio é o maior atentado à democracia brasileira desde a ditadura militar, que durou de 1964 a 1985. O domingo acabou com mais de 1.300 detidos, a exoneração do secretário de segurança pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e o afastamento do Governador, Ibaneis Rocha, que iniciava o seu segundo mandato à frente do executivo de Brasília.
Em razão do ocorrido, o presidente Luiz Inácio “Lula” da SIlva decretou intervenção federal em Brasília até o dia 31 de janeiro.
Não é a primeira vez que a gigante da tecnologia adota uma medida do tipo. Durante a invasão do Capitólio, sede do Congresso americano, em 06 de janeiro de 2021, a Meta acelerou a remoção de conteúdo extremista e de apoio ao grave incidente que terminou com cinco mortos.
Ao contrário do episódio de violência ocorrido no Brasil na tarde de ontem, o Congresso americano não estava vazio e realizava uma sessão conjunta para a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de 2020. No prédio estavam jornalistas, deputados e senadores, incluindo o então vice-presidente americano, Mike Pence, que precisou ser retirado às pressas pela segurança do local.