A Mercedes-Benz está lançando um novo (e polêmico) serviço de assinatura online que aumenta a potência dos motores dos seus carros elétricos vendidos nos EUA. Aqueles motoristas que quiserem desfrutar de um maior torque terão que desembolsar a quantia de US$ 1.200 por ano (cerca de R$ 6.300).
A melhoria no desempenho pode chegar a 24%, diminuindo de 0,8 a 0,9 segundo o tempo de aceleração nas arrancadas de 0 a 100 km/h. O serviço estará disponível em breve nos modelos Mercedes-EQ EQE e Mercedes-EQ EQS, que custam entre US$ .
O incremento de velocidade não depende da instalação de qualquer equipamento no veículo. Ou seja, o carro já tem a capacidade física para atingir todo o seu potencial, dependendo apenas de uma simples atualização de software. Por conta disso, a Mercedes-Benz está sendo acusada de limitar intencionalmente a potência do veículo para vender posteriormente o aumento de aceleração como um serviço extra opcional.
Segundo apontou o , a queda na venda global de carros novos tem feito as fabricantes inventar maneiras criativas de gerar receita recorrente, como a venda de atualizações de software ou a oferta de recursos por meio de assinaturas.
Isso não significa, claro, que a medida não seja criticada. Afinal, as montadoras estão pedindo aos seus clientes que paguem para usar os recursos que já estão equipados nos seus veículos. Na prática, o motorista compra o carro – pagando por todo o veículo –, mas ele não pode desfrutar de todo o potencial do mesmo.
Conforme lembrou a , a Mercedes não é a única nessa empreitada. Em 2019, a Tesla já tinha introduzido o serviço “Acceleration Boost”, que faz com que os veículos Modelo 3 acelerem de 0 a 100 km/h meio segundo mais rápido – mediante pagamento de uma taxa única de US$ 2.000.
Em julho, a BMW também passou a cobrar em alguns países uma assinatura mensal de US$ 18 para que os donos dos seus veículos possam usar os assentos e volantes aquecidos, e mais US$ 80 para acessar o Apple CarPlay e o Android Auto. Já a Toyota anunciou que cobraria US$ 8 por mês para que os motoristas pudessem ligar remotamente seus carros usando a chave do veículo.