Meningite e pólio: baixa adesão às vacinas causa aumento das doenças
Ao menos registraram aumento de casos de meningite em 2022. Rio de Janeiro, Paraíba, Minas Gerais, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Pernambuco e Bahia integram essa lista.
São Paulo não foi citado, mas também preocupa as autoridades de saúde devido aos óbitos relacionados a doença registradas no estado. Foram notificadas por meningite até a última semana só na capital paulista.
A meningite pode ser causada por vírus ou bactérias, que atingem e inflamam as meninges – membranas de tecido conjuntivo que protegem o cérebro e a medula espinhal.
O tipo mais grave da doença recebe o nome de meningite meningocócica e é causada pela bactéria Neisseria meningitidis. Segundo a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), a taxa de mortalidade desse patógeno varia entre 10% e 20%, podendo chegar a 70% se houver infecção generalizada.
A única forma de impedir o desenvolvimento da doença é através da vacinação. Há duas versões do imunizante: a primeira deve ser oferecida em três doses para bebês menores de 1 ano, enquanto a segunda é aplicada em jovens com idades entre 11 e 14 anos.
Uma baixa adesão às vacinas preocupa autoridades de saúde. No Rio de Janeiro, por exemplo, a cobertura vacinal atual contra a doença é a .
Não é apenas a meningite que chama a atenção. Na última semana, foi notificado um caso suspeito de poliomielite em uma criança de três anos que vive no Pará. A doença, também conhecida como paralisia infantil, foi considerada erradicada no Brasil em 1994, mas o vírus ainda circula em outras partes do globo.
O Ministério da Saúde iniciou em 8 de agosto uma Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite. A meta é vacinar 95% das crianças entre 1 e 5 anos, porém apenas 63% do público alvo recebeu o imunizante até o momento.