Ciência

Memória de elefante: estudo comprova que animais reconhecem humanos

De acordo com um estudo publicado na segunda-feira (7), há evidências sugerindo que elefantes asiáticos conseguem reconhecer membros de outras espécies.
Imagem: Smithsonian Zoo/Reprodução

A memória de elefante não é apenas uma expressão para se referir a quem tem uma boa memória, mas também ilustra a capacidade desses animais em reter informações. Além disso, os elefantes conseguem reconhecer uns aos outros por diversas características, mas será que eles conseguem reconhecer outras espécies?

De acordo com um estudo na segunda-feira (7), há relatos sugerindo que elefantes asiáticos conseguem reconhecer membros de outras espécies.

No entanto, este é o primeiro estudo a fornecer evidências sólidas da capacidade da memória de elefante quando o assunto são outras espécies. Aliás, neste caso, os seres humanos.

Método do estudo

O estudo foi conduzido na Alemanha, em parceria com o zoológico Serengeti Park, em Hodenhagen, avaliando duas elefantes fêmeas, Bibi e Panya. Ambas se mudaram do Jardim Zoológico de Berlim – o mais antigo do país – para o Serengeti Park, há 13 anos.

Desse modo, o pesquisador entrou em contato com os tratadores de animais do zoológico de Berlim que cuidaram delas para testar se a memória de elefante era fato ou fake.

No experimento, três tratadores tiveram que usar a mesma camiseta por oito horas, o que serviria como estímulo aromático. Além disso, Martin Kränzlin, autor do estudo, gravou áudios de frases curtas dos tratadores e tirou fotos.

Na fase de interação, o pesquisador montou dois racks próximos um do outro, fora da cerca de cada elefante. Em um dos racks, aparecia um estímulo de um dos três tratadores do zoológico de Berlim. No outro rack havia o estímulo correspondente de uma pessoa desconhecida dos elefantes.

Imagem: Martin Kränzlin/Divulgação

Memória de elefante é mais forte no faro

Comprovando a memória de elefante, o pesquisador afirma que os animais tentavam alcançar os estímulos dos tratadores reais com suas trombas para examinar melhor o estímulo.

“Filmamos o comportamento de cada elefante que testamos. Em seguida, usamos os vídeos para analisar a frequência e o tempo que os animais tentavam alcançar os racks com suas trombas”, revela Kränzlin.

Segundo o estudo, não houve diferenças estatísticas importantes quando os estímulos eram fotos e áudios, apontando que a memória de elefante é capaz de se lembrar do cheiro das pessoas mesmo após décadas.

Aliás, estudos anteriores revelam que os elefantes possuem um excelente faro, mas o mesmo não ocorre na visão, sendo relativamente turva.

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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