Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) saiu do campo de pesquisa para o dia a dia das pessoas. E, de acordo com um estudo realizado pelo Medscape, a tecnologia tem sido especialmente útil também no campo da saúde. Isso porque ela auxilia profissionais da área, principalmente nos campos da radiologia e diagnóstico de imagem.
O é uma plataforma que oferece notícias clínicas, informações de saúde e ferramentas de ponto de atendimento para profissionais de saúde. Além disso, o braço educacional da organização oferece desenvolvimento continuo através de programas educacionais voltados para a área.
A pesquisa ouviu 1.279 médicos residentes na versão em português da plataforma. Destes, 54% são profissionais que trabalham em consultório e 52% dos médicos que atuam em hospitais. Embora reconheçam os potenciais benefícios da IA para a área, eles consideram ter um baixo conhecimento sobre a tecnologia.
Uso de inteligencia artificial para autodiagnóstico preocupa médicos
Atualmente, muitas pessoas utilizam os chatbots conversacionais, como o ChatGPT, por exemplo, para buscar diagnósticos médicos rápidos. Porém, esta é uma prática fortemente desencorajada por profissionais da saúde. Segundo o estudo do Medscape, 83% dos entrevistadas acreditam que há uma alta probabilidade de pacientes receberem diagnósticos equivocados ao utilizar ferramentas de IA para autodiagnóstico.
“Essa percepção reflete um receio de que a inteligência artificial, sem a devida supervisão humana, possa induzir pacientes ao erro e comprometer a qualidade dos cuidados“, declarou Leoleli Schwartz, editora sênior do Medscape em português.
Além disso, 45% dos médicos se consideram “muito preocupados” com um possível cenário em que as pessoas deem mais crédito às recomendações geradas pela tecnologia do que pelos profissionais qualificados. 34% deles também acreditam que há risco de aumento na negligência, caso profissionais mal-preparados utilizem a tecnologia.
“O bom médico vai continuar sendo bom e, mesmo com IA, não vai desassociar seus pacientes. Mas realmente me preocupa essa ferramenta em mãos de médicos ruins. Pode abrir espaço para negligência de fato”, afirmou um dos médicos ouvidos na pesquisa.
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