Pesquisadores da Universidade Carolina de Praga, na República Tcheca, podem ter encontrado o maior do Egito. A descoberta foi feita na necrópole de Abusir, localizada 30 km ao norte de Gizé, onde estão as Grandes Pirâmides.
Os arqueólogos estavam em uma escavação de rotina quando encontraram 370 vasos de cerâmica dentro de um poço de 14 metros de profundidade. Dentro dos recipientes havia vestígios de materiais utilizados no processo de mumificação.
Foram encontradas nas camadas superiores do poço quatro vasos canópicos –recipientes utilizados no Antigo Egito para colocar os órgãos do falecido. Os jarros estavam vazios e não haviam sido utilizados. Porém, traziam inscritos que indicavam seu dono: um homem chamado Wahibre-Mery-Neith.
Os pesquisadores acreditam que Wahibre foi o proprietário da tumba, que parece datar da 26º Dinastia egípcia (672 e 525 a.C.). É provável que seu corpo esteja em uma estrutura funerária localizada ao lado do poço, que ainda não foi escavada.
Abusir “a Casa ou Templo de Osíris”, deus egípcio dos mortos e da ressurreição. O local passou a ser usado como cemitério da realeza egípcia durante o reinado de Userquerés, primeiro faraó da quinta dinastia, que construiu um templo notável na região.
As revelações foram feitas em 2021. Agora, a equipe pretende continuar explorando a região, ao mesmo tempo em que analisam o conteúdo dos vasos de cerâmica a fim de descobrir mais detalhes sobre a mumificação.