Cultura
Mapa mostra países que mais matam pessoas trans; Brasil aparece em 1º
Segundo a organização nacional Antra, o Brasil é, há 14 anos consecutivos, o país que mais mata pessoas trans e travestis no mundo
Imagem: Reprodução/Unsplash
O Brasil, país onde 65% da população LGBT teme andar de mãos dadas por violência, é o que mais mata pessoas transexuais no mundo. De acordo com o último , o país registrou 96 mortes de pessoas trans de 1 de outubro de 2021 a 30 de setembro de 2022. O valor representa 29% do total mundial, ou seja, quase um terço.
Em janeiro, (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) revelaram que o Brasil continua sendo, pelo décimo quarto ano seguido, o que mais mata pessoas trans e travestis no mundo, com 131 vítimas mortas em todo o ano de 2022.Na janela de um ano, foram 327 pessoas trans e de gêneros diversos relatadas como mortas segundo o TvT. O levantamento afirma que 35% dos assassinatos aconteceram na rua e 27% na própria residência. Além disso, a maioria das vítimas tinha entre 31 e 40 anos.
Vale destacar, aliás, que os dados são coletados apenas em países com grandes redes de organizações trans e LGBT+. Portanto, isso significa que muitos casos não estão presentes no levantamento.
Em setembro deste ano, um relatório mostrou que menos de 1/3 dos filmes trazem personagens LGBTQIA+. Saiba mais no Giz Brasil.
Mulheres trans latinas são as mais ameaçadas
A violência contra mulheres também é mais frequente, segundo dados da organização. Isso porque 95% dos mortos em todo o mundo eram mulheres trans ou pessoas transfemininas, enquanto metade das vítimas eram profissionais do sexo.
Juntos, a América Latina e o Caribe têm o maior índice de assassinatos relatados, sendo 222, ou 68%, no total. Depois do Brasil, o México e os Estados Unidos são os países que ocupam a segunda e a terceira posição entre os números mais altos, com 56 e 51 casos, respectivamente.
Já na Europa, a Estônia e a Suíça relataram, pela primeira vez, assassinatos de pessoas trans. Entretanto, as vítimas eram mulheres latinas e caribenhas: Cristina Blackstar, do Brasil, e Sabrina Houston, da Jamaica, eram mulheres negras. No continente europeu, 36% das pessoas trans relatadas como assassinadas eram migrantes.
Confira o mapa da Statista: