Mapa mostra países que mais enfrentam incêndios florestais
Além do Pantanal, os incêndios florestais apresentaram um aumento global na última década, apresentando um grave risco ecológico, não apenas para o clima, mas também para a biodiversidade.
De acordo com um estudo recente, publicado na revista , na terça-feira (25), os incêndios florestais não são apenas desastres naturais, mas, sim, uma consequência da crise climática. O estudo utilizou dados de satélites da NASA que registram queimadas em todo planeta entre 2003 e 2023, concluindo que os incêndios são um resultado da ação humana que, consequentemente, acarreta o aquecimento global.
Durante esse período, a frequência e a intensidade de queimadas extremas aumentaram consideravelmente, sobretudo em regiões dos Estados Unidos, Mediterrâneo, norte da Europa, Canadá, Austrália e, obviamente, na Amazônia.
A análise dos dados dos satélites MODIS, da NASA, identificou incêndios florestais de energia extrema, ou seja, com o maior índice de poder radioativo de fogo.
Os pesquisadores observaram a emissão de energia total por grupos de incêndios, definidos por incêndios que ocorrem ao mesmo tempo em uma região, ou no mesmo local, múltiplas vezes ao dia. Confira no mapa dos incêndios extremos na última década:Incêndios florestais cresceram nos últimos seis anos
Anteriormente raros, a intensidade desses incêndios florestais extremos duplicou nas últimas duas décadas, deixando rastros de destruição por onde passam.
De acordo com o estudo, houve 2.913 incêndios florestais extremos dentre mais de 30 milhões no mundo inteiro. Tais incêndios emitem níveis altíssimos de gases do efeito estufa, sendo, portanto, consequência e causa do aceleramento do aquecimento global.
Esses incêndios causaram mortes de animais e seres humanos. Na Austrália, quase três bilhões de coalas, cangurus e outros animais morreram ou perderam seus habitats durante os incêndios de 2020. No mesmo ano, o maior incêndio no Pantanal registrou a morte de 17 milhões de animais.
O prejuízo econômico chega à casa dos bilhões de dólares. Além disso, os seis anos mais extremos ocorreram entre 2016 e 2023, ressaltando o papel do aquecimento global no aumento de incêndios florestais.
Em 2023, com o recorde de temperatura, foi o ano que mais registrou incêndios extremos. O estudo ressalta, portanto, que “precisamos nos adaptar, urgentemente, a um clima mais propício a incêndios florestais” e responder com uma abordagem multifacetada. Confira, no mapa onde