A internet está cheia de ataques hackers e pessoas mal-intencionadas. Assim, todo cuidado é pouco na hora de manter suas senhas seguras e proteger suas redes, documentos e informações pessoais.
Essa tarefa não é impossível. Pelo contrário, existem formas de manter a segurança das chaves de acesso. O segredo é ter paciência e uma boa dose de desconfiança para não cair em ciladas.
Antes de começarmos, sugerimos algumas coisas para não fazer no processo de fortalecer a sua senha. A primeira é usar um aplicativo não seguro, como um app de notas ou um chat no WhatsApp, para armazenar as chaves de acesso. Jamais faça isso!
O ideal é escolher uma ferramenta que garanta a criptografia do conteúdo e não seja facilmente acessada por qualquer pessoa que pegar seu celular.
Outra orientação é evitar usar a mesma senha em várias contas. Isso porque, se alguém descobrir a combinação para entrar em uma rede, certamente vai testar em todas as outras – e encontrar várias portas abertas.
Se apoiar 100% na memória também não é o mais indicado. E isso não é uma ofensa à sua, especificamente. É comum esquecer de coisas à medida que novas informações “entram” no cérebro humano, como explicaram neurocientistas ao Giz Brasil. A seguir, veja três maneiras de manter suas senhas mais seguras.
Dificulte o trabalho dos invasores
É importante ter senhas fortes e que sejam difíceis de serem “quebradas” – ou seja, desvendadas por algoritmos que testam milhões de combinações em minutos.
Por exemplo, a senha “gizbrasil123” é muito mais fácil de ser quebrada que a “G.izB-rasil123”. Isso porque as letras maiúsculas e a pontuação adicionam camadas de complexidade e demoram mais tempo para passar pela combinação de criminosos.
Uma alternativa ainda melhor seria “[email protected].!2III” – provavelmente levaria séculos para uma máquina chegar a essa conclusão.
Além disso, usar nomes pessoais, aniversários e endereços também não pode facilitar a quebra. Por isso, o ideal dos mundos é criar senhas seguras que sejam totalmente alheias à sua realidade.
Se for difícil criar algo assim, uma boa pedida são apps como o 1Password e . Esses programas geram senhas únicas e fortes de forma automática, além de salvar os códigos na nuvem e oferecer a opção de preencher as credenciais automaticamente. Os próprios aplicativos têm uma senha para entrar, o que aumenta a segurança.
Tenha um gerenciador de senhas confiável
Gerenciadores de senhas são verdadeiros “cofres” online. Eles guardam seus passes de entrada, mas também podem salvar detalhes de cartão de crédito, informações de passaporte e outros dados confidenciais.
Ao escolher o seu preferido, crie uma conta que possa acessar em qualquer local, independente do dispositivo onde os apps estão instalados. Além disso, antes de instalar é bom ficar atento a alguns detalhes, como o algoritmo usado para a criptografia. Os mais seguros e conhecidos são:
DES (Data Encryption Standard)
3DES (Triple DES)
IDEA (International Data Encryption Algorithm)
RC2 e RC4
AES (Advanced Encryption Standard)
XChaCha20
Para saber qual algoritmo de criptografia o seu programa favorito usa, basta acessar as Perguntas Frequentes – é muito provável que a resposta esteja por lá.
Use pendrives criptografados
É muito difícil que unidades de armazenamento flash, como pendrives e HD externos comuns, tenham sido projetadas para proteger seus dados privados. Isso porque, ao conectar uma unidade USB em um computador, os arquivos armazenados ali se tornam instantaneamente acessíveis. Evite correr tanto risco.
É aqui que entram as unidades flash criptografadas. Esses dispositivos servem especificamente para proteger todas as informações armazenadas com senha, criptografia e métodos de backup.
Sim, eles tendem a ser mais caros que as unidades USB comuns por causa disso. Mas se você precisa de segurança – e perder tudo custaria muito mais caro –, vale a pena priorizar o investimento.
Outra saída é criptografar as unidades flash que você já tem, com programas de software de criptografia USB. Alguns exemplos legais são o e .
Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps
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