Mais lixo espacial chinês é espalhado em órbita próxima à Terra
Cerca de uma semana após os restos de um foguete chinês cair na Terra de forma descontrolada, a China voltou a ser alvo de críticas por conta de um incidente que gerou mais lixo espacial em órbita baixa da Terra.
No último dia 12 de novembro, um foguete Long March 6A estava implantando um satélite de observação oceânica quando enfrentou algum tipo de falha que o fez se desintegrar em mais de 50 fragmentos em órbita. Dados da Força Espacial dos EUA indicam que os fragmentos estão espalhados por uma área entre 500 e 700 km de altitude.
Segundo o noticiário South China Morning Post, um porta-voz do governo de Pequim afirmou que é improvável que os – por estarem em uma altitude mais baixa. Contudo, os restos do foguete estão voando muito próximo da órbita dos satélites da Starlink.
O Long March 6 é considerado um dos foguetes mais confiáveis usados pela China. Ele é um veículo de baixo custo que possui três estágios alimentados por querosene, sendo que o estágio superior é projetado para cair de volta à Terra e ser totalmente desintegrado na atmosfera.
A suspeita é que o foguete possa ter enfrentado um defeito ou mesmo tenha atingido algum pedaço de lixo espacial durante a implantação do satélite. Por outro lado, há quem acuse a China de que a explosão possa ter sido deliberada, para gerar detritos e impedir que a rede Starlink funcione sobre o território chinês.
Contudo, segundo apontou um cientista chinês, é pouco provável que o lixo espacial tenha sido gerado de forma intencional, uma vez que os detritos podem ameaçar os próprios satélites da China. “Acho que ninguém estaria disposto a aumentar o risco, por menor que seja”, disse ele.
Estima-se que existam mais de 27 mil detritos ao redor do planeta, incluindo pedaços de foguetes com tamanhos desde 1 milímetro a vários metros. Além do risco de colisões com satélites, o lixo espacial também ameaça a vida de astronautas a bordo de naves e estações espaciais.